Flamengo fecha categorias de base
Decisão inesperada do Flamengo gera revolta. Categorias de base femininas são fechadas, impactando sonhos e carreiras de jogadoras.
Na última sexta-feira, um acontecimento incomum afetou a rotina de muitas famílias no Rio de Janeiro. Ao invés do habitual treino, pais e jogadoras da base feminina do Flamengo foram surpreendidos com uma notícia desoladora: o fechamento das categorias sub-15 e sub-17 pelo clube. Este ato ocorre em um período de grande lucratividade financeira para o clube e em um contexto em que o Brasil se prepara para sediar a próxima Copa do Mundo Feminina.
A medida tomada sem prévio aviso deixou os familiares das atletas extremamente frustrados e indignados. Em um ritual que era parte de suas rotinas, eles deixavam suas filhas e sobrinhas no CEFAN (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes) para que treinassem, coisa que, até então, era feita de segunda a sábado. Os pais aguardavam do lado de fora, no estacionamento, como de costume.
Por que o Flamengo decidiu fechar as categorias de base feminina?
Segundo informado pelos técnicos do clube, o Flamengo manteve apenas a categoria sub-20, realocando algumas das jogadoras mais novas para esta faixa etária. A decisão foi justificada como parte de um ajuste estrutural, porém, não foi bem aceita. “No auge econômico do clube, com o Brasil se preparando para receber um evento global do futebol feminino, essa medida parece contraditória e é vista como uma covardia com nossas atletas”, lamentou um dos pais durante entrevista.
Impacto do encerramento para as jogadoras e suas famílias
O encerramento das categorias tem um impacto direto na carreira das jovens atletas. Muitas delas, algumas já fazendo parte da seleção brasileira sub-15, agora se veem sem um caminho claro para seguir no esporte. As meninas foram informadas que poderão participar de um programa chamado “Monitoramento” que acontecerá apenas às sextas-feiras, uma mudança significativa em relação à frequência anterior de treinos.
Reações e próximos passos para as famílias afetadas
- Júlia, Driele, Lisandra e Pietra, jogadoras com passagem pela seleção brasileira sub-15, foram contratadas pela Ferroviária e têm exames médicos marcados, buscando continuar sua trajetória em outra equipe.
- Uma mãe relembrou o esforço em custear o transporte para que sua filha pudesse treinar, agora tendo que reconsiderar esses investimentos.
- Um pai expressou seu descontentamento, não apenas com o Flamengo, mas também com a estrutura precária do futebol feminino na região. “Os clubes e federações precisam entender sua responsabilidade social. Onde essas meninas vão jogar agora?”, questionou.
O clube ainda não emitiu um posicionamento oficial, e a esperança entre os pais e jogadoras é que essa decisão possa ser reconsiderada ou que alternativas viáveis sejam apresentadas. Enquanto isso, a comunidade do futebol feminino se mobiliza em busca de apoio e soluções para as jovens atletas que sonham em seguir suas carreiras profissionais no esporte.
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