A crise se instalou no Corinthians após a derrota desta terça-feira, 22, para o Argentino Juniors pela Copa Sul-Americana e evidenciou a conturbada conjuntura política, administrativa e também futebolística.

O clube enfrenta um período complicado com falta de gols (são 4 jogos sem balançar as redes) e um baixíssimo rendimento dentro de campo.

Gestão atual influencia a crise no Corinthians

Desde o início de sua gestão, o presidente Augusto Melo enfrenta dificuldades significativas.

A perda de apoio político e a proximidade de uma crise em sua base aliada são apenas o começo dos problemas.

A situação se agrava com a provável saída de Rubens Gomes, diretor de futebol, deixando uma lacuna estratégica difícil de preencher em um momento crítico.

Essa turbulência nos escalões superiores do clube tem um impacto direto no desempenho dos jogadores em campo, onde a falta de coesão e motivação se torna evidente.

Sinais de alerta

Em campo, a equipe vem apresentando uma regressão técnica alarmante, evidenciada nas partidas recentes.

A derrota para o time reserva do Argentinos Juniors, onde o Corinthians sofreu um gol nos primeiros minutos, é um triste reflexo da fase atual.

A dificuldade de criar jogadas e a frequência de erros básicos são sintomas de uma equipe que perdeu seu rumo.

Investimentos significativos

O Corinthians não poupou despesas em contratações, investindo mais de R$ 130 milhões em 2024.

No entanto, o retorno desse investimento maciço ainda não foi visto.

O alto custo com salários, cerca de R$ 21 milhões mensais, adiciona uma camada extra de pressão por resultados que simplesmente não estão vindo mesmo contra adversários mais fracos.

A janela de transferências de julho pode ser uma oportunidade para uma reviravolta, mas as expectativas são contidas.

Sem uma mudança radical na gestão e na estratégia técnica, o futuro próximo do clube parece incerto.

Ação imediata para tirar o Corinthians da crise

Para que o Corinthians possa retornar ao seu padrão de excelência, é crucial estancar a sangria.

A junção de crises técnica, tática, política e administrativa exige uma resposta rápida e eficaz.

O enorme potencial do Timão não pode ser ofuscado por falhas de gestão e planejamento.

A temporada ainda permite tempo para correções, mas o técnico português António Oliveira precisa urgentemente colocar o Corinthians de volta ao trilhos.