CBF é condenada em caso de assédio moral
Entenda a condenação da CBF por assédio moral e sexual contra a ex-diretora Luísa Xavier Rosa. Decisão judicial e reações das partes envolvidas.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi recentemente condenada a pagar R$ 60 mil à ex-diretora Luísa Xavier Rosa, conforme decisão do juiz Leonardo Almeida Cavalcanti. Rosa, que foi a primeira mulher a ocupar um cargo de diretoria na CBF, havia inicialmente solicitado uma indenização de R$ 1,8 milhão e pretende recorrer para aumentar o valor da compensação.
A nomeação de Luísa Xavier Rosa em abril de 2022 representou um marco significativo na diversidade da CBF. No entanto, sua trajetória no cargo durou apenas 15 meses, período no qual enfrentou inúmeros desafios, culminando na busca por justiça trabalhista.
Quais foram as Motivações da Ação Judicial?
Rosa alegou no processo ter sido repetidamente desautorizada pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, principalmente em decisões sobre a contratação de empresas para obras. Isso resultou na diminuição de suas funções e responsabilidades, levando-a a um quadro depressivo. Ela também relatou episódios de assédio sexual e comentários misóginos dentro da entidade.
Os Episódios de Assédio Eram Conhecidos Internamente?
Segundo Rosa, o assédio era um problema conhecido na cúpula da CBF. Ela afirmou que outros membros da alta direção, incluindo Rodrigo Paiva, diretor de Comunicação, e Pedro Trengrouse, advogado, estavam cientes e, em alguns casos, envolvidos em comportamentos inadequados que sustentavam um ambiente hostil e desrespeitoso.
Qual foi a Decisão Judicial?
O juiz Cavalcanti considerou justificadas as indenizações pelos danos sofridos por Rosa. Além do valor de R$ 60 mil por dano moral, a decisão determinou que a CBF cobrisse as diferenças salariais decorrentes de reajustes não aplicados, com todos os reflexos devidos.
O Que Diz a CBF Sobre a Decisão?
A CBF declarou que vai recorrer da decisão, alegando que os documentos e depoimentos apresentados não comprovam as acusações de assédio. A entidade destacou a diferença entre o valor solicitado por Rosa e a quantia estipulada pela justiça. Além disso, anunciou uma ação criminal contra Rosa pelas “graves e infundadas acusações” apresentadas.
Como a CBF Está Lidando com a Exposição do Caso?
A CBF afirmou que o processo deveria tramitar em segredo de justiça e criticou a divulgação pública das informações, insinuando que isso poderia ser uma estratégia para constranger a organização. A entidade expressou confiança de que a decisão será revertida em instâncias superiores.
- Luísa Xavier Rosa foi pioneira como diretora mulher na CBF.
- Ela enfrentou desafios significativos em relação a assédio moral e sexual.
- Uma decisão judicial ordenou à CBF o pagamento de R$ 60 mil em indenização.
- Rosa pretende recorrer para aumentar o valor da indenização.
- A CBF nega as acusações de assédio e planeja recorrer da decisão.
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