Bombas, vandalismo e invasões: STJD denuncia Atlético-MG por cenas de terror na final
Clube mineiro pode perder mando de até dez jogos após cenas de terror na Arena MRV
As cenas chocantes na Arena MRV podem custar caro ao Atlético-MG, que corre risco de punição de até dez jogos sem torcida. O STJD aguarda a súmula do árbitro para definir sanções; outros estádios já foram interditados por incidentes semelhantes.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) anunciou que irá denunciar o Atlético-MG pelos tumultos registrados durante a final da Copa do Brasil, no domingo, 10, contra o Flamengo. O clube mineiro enfrenta a possibilidade de perder o mando de campo de uma a dez partidas, além de ser multado em até R$ 100 mil. Em nota oficial, o Atlético afirmou que vai colaborar com as investigações para identificar e punir os responsáveis pelos incidentes.
O confronto entre torcedores e as forças de segurança e o arremesso de bombas em direção ao gramado marcaram o jogo, vencido pelo Flamengo por 1 a 0. Diversos torcedores do Atlético tentaram invadir o campo, pulando as grades das arquibancadas, o que forçou a intervenção das forças de segurança, prolongando o tumulto pelas arquibancadas. No momento, o STJD aguarda a súmula do árbitro Raphael Claus para formalizar a denúncia.
O Atlético-MG será denunciado com base no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que responsabiliza o clube pela falta de medidas preventivas para evitar desordens, invasões de campo e lançamento de objetos.
Casos semelhantes no futebol brasileiro já levaram à interdição de outros estádios, como o Maracanã, interditado em 2019 após briga entre torcedores do Flamengo e Botafogo, e a Arena da Baixada, do Athletico-PR, que em 2017 foi fechada devido a tumultos e brigas de torcida durante o campeonato estadual. Se condenado, o Atlético poderá ter de disputar várias partidas com portões fechados, impactando diretamente seu desempenho em competições organizadas pela CBF.
A situação intensifica a pressão para que os clubes invistam em segurança e controle de seus torcedores, em um cenário no qual o STJD tem adotado medidas rigorosas para punir episódios de violência em estádios, afetando o direito dos clubes ao mando de campo.
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