O Atlético Mineiro, um dos clubes mais tradicionais do futebol brasileiro, enfrenta atualmente um cenário econômico desafiador. Em 2024, a dívida do clube está projetada para alcançar a marca de R$ 1,4 bilhão, um aumento significativo em relação ao ano anterior.

Este crescimento se deve a um conjunto de fatores, incluindo investimentos em contratações e ajustes nas dívidas bancárias e no PROFUT (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro).

O montante total reflete uma atualização feita pelo clube, que ainda espera a auditoria completa do balanço anual.

Durante um evento na sede do Atlético, em Lourdes, o CEO Bruno Muzzi apresentou os números e destacou a necessidade de um planejamento estratégico mais eficaz para lidar com as obrigações financeiras crescentes.

Entre os aspectos analisados, a única diminuição foi observada na dívida relacionada à construção da Arena MRV.

Principais componentes da dívida do Atlético Mineiro

A composição da dívida do Atlético-MG é multidimensional. Em 2024, a dívida bancária do clube aumentou de R$ 465 milhões em 2023 para R$ 507 milhões.

O montante relacionado ao PROFUT e ao PERSE (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) também apresentou crescimento, de R$ 323 milhões para R$ 354 milhões.

Por outro lado, a dívida específica da Arena MRV reduziu de R$ 485 milhões para R$ 410 milhões, ilustrando uma pequena melhoria nesse aspecto específico.

Estratégias o clube pretende adotar para reduzir a dívida

Embora o Atlético-MG tenha inicialmente planejado reduzir suas dívidas até 2026, a meta foi recentemente adiada para 2028, sem um plano específico para atingir essa meta.

O clube cogita diversas alternativas, incluindo novos aportes de investidores, patrocínios adicionais e outros tipos de financiamento.

No entanto, o caminho exato para a sustentabilidade financeira ainda está em discussão, com um futuro incerto na gestão de suas finanças.

Valorização do elenco impacta a situação financeira

Paralelamente ao aumento da dívida, o elenco do Atlético-MG tem experimentado uma valorização contínua.

Desde 2019, o valor total do plantel cresceu em aproximadamente R$ 568 milhões, segundo dados do CIGA (Centro de Informação do Galo) e outras métricas de avaliação de ativos.

Esse crescimento patrimonial pode fornecer alguma alavancagem financeira ao clube, apesar das obrigações financeiras imediatas.

Futuro financeiro do Galo: desafio ou oportunidade

O futuro financeiro do Atlético-MG permanece um tema de debate e análise. Com dívidas elevadas e a necessidade de um planejamento financeiro sólido, o clube enfrenta um desafio significativo.

Entretanto, a valorização de seu elenco e a possibilidade de novos investimentos podem servir de catalisadores para transformar a atual adversidade em oportunidade de crescimento sustentável a longo prazo.

A gestão eficaz dessas variáveis será crucial para o caminho futuro do Atlético-MG.