A denúncia de assédio feita pela nadadora Ana Carolina Vieira contra um dirigente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) foi registrada em 2021 e arquivada por falta de provas. Na última semana, a atleta trouxe o assunto à tona após ser expulsa da delegação brasileira de natação por indisciplina.

Ana Carolina revelou a situação em suas redes sociais, questionando como poderia procurar o Comitê Olímpico do Brasil (COB) para tratar de seu desligamento, uma vez que já havia feito uma denúncia de assédio que não foi resolvida. Diante dessas declarações, o COB optou por abrir uma investigação interna para apurar o caso.

Denúncia de Assédio na Natação Brasileira

Em 2021, Ana Carolina Vieira formalizou uma acusação de assédio contra um dirigente da CBDA junto ao compliance do COB. No entanto, a denúncia foi arquivada devido à falta de provas e à ausência de novos depoimentos por parte da nadadora.

O COB, em nota oficial, esclareceu que as denúncias são sigilosas e que não há caso pendente no compliance do comitê. Segundo a organização, todos os procedimentos de averiguação foram realizados, mas a falta de corroboradores impossibilitou qualquer ação mais concreta.

O Que Leva à Expulsão de Um Atleta das Competições?

A expulsão de Ana Carolina Vieira foi anunciada pelo COB no dia 28 de julho de 2024. O motivo teria sido uma ríspida discussão entre a atleta e a comissão técnica da natação, relacionada à decisão de retirar a nadadora Maria Fernanda Costa da equipe do revezamento 4 x 200 m livre.

Segundo relatos de profissionais presentes, Ana Carolina ficou extremamente inconformada com a decisão e houve uma briga intensa, resultando em gritos e acusações. Gustavo Otsuka, chefe da Equipe Brasileira de Natação, afirmou que a nadadora adentrou uma postura agressiva e inadequada, violando o código disciplinar e de conduta apresentado no início da missão.

A Expulsão Foi Justa?

A natação brasileira acompanha com atenção os desdobramentos dessa situação. A expulsão de Ana Carolina Vieira levantou questões sobre a justiça e a transparência das decisões tomadas pelas entidades esportivas. Além disso, a reincidência em comportamentos indisciplinados da atleta também gerou debates sobre a forma de gerenciar os conflitos internos.

Gustavo Otsuka enfatizou que a CBDA busca ser o mais aberta possível a questionamentos dos atletas, desde que sejam feitos com respeito e educação. Afirmou também que a decisão de expulsar Ana Carolina foi unânime entre a comissão técnica.

Histórico de Polêmicas na Carreira de Ana Carolina Vieira

Essa não é a primeira vez que o nome de Ana Carolina Vieira surge em polêmicas. Em 2023, durante o Troféu Brasil de Natação realizado em Recife, a nadadora se envolveu em uma briga com Jhennifer Alves, outra atleta do Esporte Clube Pinheiros.

Durante a cerimônia de premiação, após provocações mútuas, houve agressão física entre as duas competidoras, o que levou o caso à delegacia e, posteriormente, ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Nota Oficial do COB

Em resposta aos eventos recentes, o COB emitiu uma nota oficial afirmando que, ao longo do processo de desligamento, Ana Carolina esteve acompanhada pela Oficial de Salvaguarda e líder do Esporte Seguro da Missão brasileira em Paris. A atleta teve apoio para falar com sua mãe e com o psicólogo da delegação, bem como acesso livre à alimentação e hidratação.

O COB reiterou que não há casos pendentes referentes a denúncias de atletas ou membros do corpo técnico da natação da CBDA e destacou a importância do respeito e do cuidado com todos os integrantes da Missão.

As próximas etapas dessa situação continuarão a ser acompanhadas de perto pela comunidade esportiva e pelos fãs da natação, revelando a complexidade das relações internas e dos procedimentos éticos em competições de alto nível.

• Denúncia de assédio arquivada por falta de provas.

• Expulsão de Ana Carolina por indisciplina.

• Investigação interna do COB.

• Polêmicas anteriores envolvendo a nadadora.