Acusado de matar Rebecca Cheptegei queimada morre devido a queimaduras
A trágica morte da atleta ugandense Rebecca Cheptegei acende o alerta sobre os números alarmantes de violência doméstica no Quênia.
Dickson Ndiema Marangach, ex-namorado da atleta ugandense Rebecca Cheptegei, faleceu após sofrer queimaduras graves durante um ataque que resultou na morte da corredora. Segundo a Reuters, o hospital queniano onde ele estava internado confirmou a informação.
Rebecca Cheptegei, de 33 anos, foi atingida por queimaduras em mais de 75% do corpo em um ataque ocorrido no dia 1º de setembro e faleceu quatro dias depois. Ndiema Marangach, por sua vez, morreu durante a noite local da última segunda-feira (9), segundo o porta-voz do Hospital de Ensino e Referência Moi, Daniel Lang’at.
Violência Doméstica no Quênia: Um Problema Endêmico?
A morte de Cheptegei trouxe à tona a preocupação com a violência doméstica no Quênia, especialmente entre as comunidades de corredores. Segundo Lang’at, “ele morreu devido aos ferimentos e às queimaduras que sofreu”.
A mídia local informou que Marangach sofreu queimaduras em 30% do corpo ao agredir a corredora. Cheptegei, que havia competido em Paris 2024 e terminado em 44º lugar, é a terceira atleta de elite a ser assassinada no Quênia desde outubro de 2021.
Como está a Situação das Atletas Femininas no Quênia?
A violência doméstica entre atletas femininas quenianas não é um caso isolado. Viola Cheptoo, cofundadora do Tirop’s Angels, um grupo de apoio para sobreviventes de violência doméstica na comunidade atlética do Quênia, respondeu à morte de Cheptegei, afirmando: “A Justiça realmente teria sido para ele ficar sentado na cadeia e pensar sobre o que fez.”
O grupo Tirop’s Angels foi fundado em memória de Agnes Tirop, uma atleta em ascensão encontrada morta em sua casa em Iten, Quênia, em outubro de 2021, com múltiplos ferimentos de faca no pescoço. O marido de Tirop, Ibrahim Rotich, está sendo acusado de seu assassinato, mas se declarou inocente. O caso ainda está em andamento.
O choque e a indignação ainda são palpáveis na comunidade. “O choque da morte de Rebecca ainda está fresco”, disse Cheptoo. Este caso lamentável serve como um alerta urgente para que medidas mais robustas sejam tomadas para proteger as mulheres, especialmente aquelas em comunidades vulneráveis.
É imprescindível que a sociedade keniana e a comunidade internacional continuem a pressionar por mudanças efetivas, garantindo que histórias trágicas como a de Rebecca Cheptegei não se repitam.
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