Dura realidade: Conheça o drama dos atletas olímpicos em busca do próprio sustento
Mergulhador Jack Laugher, medalhista de bronze da Grã-Bretanha, e o remador neozelandês Robbie Manson, postam conteúdo pago no site OnlyFans para se sustentarem.
Os atletas que ganham medalhas em Olimpíadas muitas vezes são recompensados pelos comitês olímpicos de seus países com prêmios em dinheiro.
No entanto, essas recompensas não são suficientes para a grande maioria dos atletas, que muitas vezes precisam buscar outras fontes de renda para financiar o sonho olímpico.
Por exemplo, o mergulhador Jack Laugher, medalhista de bronze da Grã-Bretanha, e o remador neozelandês Robbie Manson disseram que postam conteúdo pago no site de assinatura OnlyFans para se sustentarem.
Essas informações foram reveladas pela Forbes e destacam a realidade enfrentada por muitos atletas.
Realidade dos atletas olímpicos e suas fontes de renda alternativa
O nadador Nic Fink, ganhador de três medalhas em Paris, o medalhista de ouro no arremesso de peso Canyon Berry, e o escalador Jesse Grupper, todos americanos, trabalham também como engenheiros no dia a dia.
Essa combinação de carreiras é essencial para manter o sustento enquanto perseguem o sonho olímpico.
Ilona Maher, jogadora de rugby americana que viralizou nas Olimpíadas de Tóquio e Paris, antes de sua equipe ganhar o bronze em 2024, afirmou estar se esforçando para conseguir um grande número de seguidores nas redes sociais.
Ela espera que isso a ajude a “fazer do esporte uma carreira,” um desafio compartilhado por muitos outros.
Como os atletas olímpicos se sustentam?
Além de Maher, outros atletas olímpicos estão tentando a sorte como influenciadores. Estes incluem Dani Ramirez (nado sincronizado), Suni Lee (ginasta), Hunter Woodhall (atletismo), Tara Davis-Woodhall (atletismo) e Ariana Ramsey (rugby). Eles chamam a criação de conteúdo de “um segundo emprego completo”.
A boxeadora Morelle McCane, que foi eliminada das Olimpíadas de Paris 2024 nas oitavas de final, trabalhou em vários empregos pagos por hora e flexíveis.
Ela relata que já foi palhaço de festa de aniversário, supervisora de creche e trabalhou em uma sala de correspondências, tudo para chegar aos Jogos Olímpicos.
Custo de vida de um atleta olímpico
Ir para as Olimpíadas é o objetivo máximo de muitos atletas.
Para chegar lá, são necessários anos de treinamento de alto custo e muitas horas por dia de preparação, o que torna difícil conciliar com outro emprego em tempo integral.
Alguns dos custos são cobertos por bolsas de estudo ou subsídios. O Comitê Olímpico e Paraolímpico dos Estados Unidos, por exemplo, gastou US$ 372 milhões (R$ 2,1 bilhões) no desenvolvimento de atletas em 2022.
Mas o que não for coberto fica a cargo do atleta ou de sua família.
Exemplos de sacrifícios financeiros
Os avós de Simone Biles, Ronald e Nellie Biles, abriram seu próprio centro de treinamento para ela.
Natalie Hawkins, mãe da ginasta Gabby Douglas, declarou falência e disse que o treinamento de sua filha foi a razão.
Esforços para manter o sonho vivo
Já a jogadora de polo aquático americana Maggie Steffens conseguiu um grande patrocínio da equipe do rapper Flavor Flav depois de postar no Instagram.
Steffens atende em clínicas privadas de polo aquático e fundou uma empresa de análise de dados.
Maggie disse que suas companheiras de equipe trabalham como “professoras, donas de negócios, treinadoras, assistentes de médicos, entre outros”.
Isso evidencia que a maioria dos atletas olímpicos precisa de um segundo (ou terceiro) emprego para sustentar a busca pelo sonho.
Atletas olímpicos recém-formados buscam estabilidade financeira
Um estudo conduzido pelo grupo de defesa Global Athlete com quase 500 atletas em 2020 apontou que 58% dos entrevistados disseram não se considerar financeiramente estáveis.
Os competidores disseram depender de dinheiro dos pais, prêmios em dinheiro de campeonatos importantes e empregos flexíveis para financiar suas empreitadas atléticas, mas não recebiam pagamento do esporte em si.
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