As auroras, boreal ou astral, são espetáculos de luzes naturais que iluminam os céus próximos aos polos da Terra. Originam-se da interação de partículas energéticas, vindas do espaço, com os átomos presentes nas camadas superiores da atmosfera.

Dependendo do hemisfério em que ocorrem, recebem nomes diferentes: auroras boreais no hemisfério Norte e austrais no Sul.

Esses fenômenos visuais ocorrem comumente em latitudes elevadas, devido à proximidade com os polos magnéticos.

A partir daí, as partículas entram em contato com a atmosfera e criam efeitos visuais de tons verdes, vermelhos, amarelos e, em casos mais raros, tons de azul e violeta. As auroras são um testemunho eloquente da complexidade da natureza e de sua beleza.

Auroras verdes

A cor predominante, o verde, nas auroras é causada por átomos de oxigênio localizados a cerca de 100 km de altura. Quando as partículas energéticas interagem com eles, a emissão de luz verde ocorre predominantemente.

Contudo, a presença de outros elementos, como o nitrogênio, pode adicionar tons de púrpura ou vermelho ao espetáculo visual.

O fenômeno é um resultado direto da atividade solar.

Durante eventos solares intensos, a quantidade de partículas que atingem a Terra é maior, aumentando a frequência e intensidade das auroras.

Isso faz com que o fenômeno seja não apenas belo, mas também um indicador das atividades solares.

Locais de observação

Os lugares ideais para observar auroras são as regiões próximas aos círculos polares Ártico e Antártico. Entre os destinos mais famosos estão Noruega, Suécia, Finlândia, Islândia e Canadá no hemisfério Norte.

No hemisfério Sul, a Tasmânia e partes da Nova Zelândia oferecem essa oportunidade.

Para uma experiência mais rica, é importante visitar esses locais durante os períodos de inverno, quando as noites são mais longas e escuras. Isso maximiza as chances de desfrutar do espetáculo em sua plenitude.

Donald R. Pettit capturou a aurora boreal na ISS

O astronauta Donald R. Pettit, a bordo da Estação Espacial Internacional, obteve uma perspectiva única ao filmar uma aurora enquanto sobrevoava regiões polares.

Desta posição privilegiada, Pettit capturou a imensidão do fenômeno luminoso, possibilitando uma visão detalhada das auroras.

Ele compartilhou o vídeo em suas redes sociais, permitindo que milhões de pessoas experimentassem, virtualmente, a beleza de uma aurora.

A gravação, que você pode conferir no link abaixo, recebeu muitos elogios, o que reflete o fascínio universal que as auroras despertam nas pessoas.

https://x.com/astro_Pettit/status/1876154709519806543

Um espetáculo fascinante

O principal fator que torna as auroras fascinantes é a sua aparência efêmera e mágica. Os movimentos das luzes, suas cores vívidas e os padrões inesperados criam uma coreografia celeste que encanta a todos que têm a chance de observá-los.

A raridade do fenômeno, acessível apenas em situações específicas e em localidades remotas, só aumentam seu apelo.

Para muitos, presenciar uma aurora é uma experiência única e memorável, muitas vezes descrita como mística.