Tucker Carlson cai em pegadinha
Apresentador acredita em entrevista com falsos editores de foto adulterada de Kate Middleton
Tucker Carlson, dono da Tucker Carlson Network (TCN), caiu numa pegadinha elaborada por Josh Pieters e Archie Manners, dupla conhecida por suas brincadeiras no YouTube.
Eles conseguiram uma entrevista com Carlson, fingindo serem ex-funcionários do Palácio de Kensington demitidos após um escândalo envolvendo fotos editadas de Kate Middleton.
Durante a entrevista, Carlson, sem suspeitar de que a história era uma invenção, mostrou-se interessado no relato de Archie Manners. A pegadinha, que se originou de uma narrativa falsa sobre a demissão de um empregado do palácio por não editar adequadamente uma fotografia, foi suficiente para convencer Carlson e sua equipe a conceder espaço em seu programa para a história.
Após a entrevista, Manners e Pieters revelaram a verdade, explicando que a motivação por trás da armadilha era demonstrar como narrativas exclusivas, mesmo falsas, são atraentes para determinados setores da mídia. O sucesso da pegadinha no TCN, que conta com aproximadamente 530.000 seguidores no X, expõe a falta de critérios mínimos de checagem do ex-apresentador da FOXNews.
Esse incidente ocorre no contexto de Carlson já ter sido notícia por entrevistar figuras controversas, incluindo líderes autoritários como Putin e pretensos candidatos a caudilhos, como Eduardo Bolsonaro.
Ideólogo de Putin amplia influência no Brasil, revela estudo
Um relatório divulgado pela ONG britânica Centre for Information Resilience expõe a extensa rede de influência do governo russo no Brasil, liderada por Aleksandr Dugin, o “guru ideológico” de Vladimir Putin.
O documento mapeia as conexões de Dugin no país, abrangendo suas visitas e sua rede acadêmica e de seguidores, enfocando indivíduos em posições-chave no debate ideológico que promoveram ativamente suas ideias radicais.
Segundo o relatório, Dugin possui laços importantes com pelo menos seis grandes universidades brasileiras, incluindo a Universidade de São Paulo (USP), a Escola Superior da Guerra (ESG) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Além destas conexões, a Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS sediou eventos financiados por uma fundação russa ligada a Dugin.
O estudo aponta que Dugin foi o palestrante principal em eventos no Brasil e colaborou em publicações com acadêmicos locais, estabelecendo uma rede “privilegiada, prestigiada, bem posicionada e conectada”. Esta rede seria capaz de influenciar tanto esferas de poder quanto a opinião pública.
A pesquisa também critica, segundo a matéria, as redes sociais por falharem na moderação de conteúdos extremistas, especialmente em idiomas que não o inglês, o que beneficia as ideias de Dugin. O ideólogo russo é conhecido por seu livro “Fundamentos da Geopolítica”, que propõe a criação de um império eurasiano e incentiva a desestabilização interna dos Estados Unidos através de separatismos e conflitos.
Dugin, que já viajou ao Brasil em 2012 e 2014, participou da fundação de um centro de estudos em São Paulo e esteve envolvido em eventos e publicações com acadêmicos da ESG. Sua presença também foi mencionada em um evento cancelado em 2022 na UERJ, após pressão pública, e em uma revista da ESG que incluiu um artigo seu em abril de 2023.
- Veja o vídeo com a pegadinha (em inglês)
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