OMS Alerta! Não há nível seguro para consumo de álcool
Organização Mundial da Saúde alerta que consumo de álcool não tem níveis seguros
Recentes diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) determinaram que não existe um nível seguro de consumo de álcool. O alerta se alinha com um relatório divulgado em 2019 que vinculou o álcool a 2,6 milhões de mortes globais, incluindo tanto doenças não transmissíveis quanto acidentes. Este posicionamento mudou o entendimento anterior que sugeria benefícios para a saúde em quantidades moderadas de vinho tinto, por exemplo.
Impactos na saúde e estatísticas alarmantes
De acordo com o relatório da OMS, dentre as mortes atribuídas ao álcool em 2019, cerca de 1,6 milhão foram decorrentes de doenças não transmissíveis, como doenças cardiovasculares e câncer. Adicionalmente, 724 mil óbitos resultaram de ferimentos, incluindo acidentes de trânsito. O consumo de álcool também está associado ao agravamento de outras doenças, como tuberculose e aumento no risco de transmissão do HIV.
O álcool foi recentemente identificado como fator de risco para pelo menos sete tipos de câncer. Estudos da OMS também apontam que mesmo o consumo leve, que é inferior a 1,5 litro de vinho ou menos de 3,5 litros de cerveja por semana, apresenta riscos consideráveis para a saúde.
Pesquisas e opiniões científicas sobre o álcool
Tim Stockwell, do Instituto Canadense de Pesquisa sobre Uso de Substâncias, analisou 107 artigos científicos e encontrou evidências de que nem mesmo o consumo leve é seguro. Segundo Stockwell, investigações anteriores, sem metodologia rigorosa, sustentavam a crença de que haveria níveis benignos de consumo.
Em contraste, David Spiegelhalter, da Universidade de Cambridge, questiona a obsessão por evitar absolutamente qualquer risco, considerando que muitas atividades rotineiras também implicam riscos à saúde.
Spiegelhalter defende a percepção de que as pessoas bebem por prazer e que riscos relativos são inerentes a muitos aspectos da vida cotidiana, como assistir televisão por uma hora diária ou consumir bacon duas vezes por semana.
Queda no consumo global de álcool
Dados obtidos pela OMS indicam uma ligeira redução no consumo global de álcool: de 5,7 litros per capita em 2010 para 5,5 litros em 2019. A OMS ainda evidencia que homens consomem significativamente mais álcool em comparação com mulheres, com taxas de 8,2 litros contra 2,2 litros por pessoa, respectivamente.
Mudanças de comportamento: Relatos pessoais
Pessoas como Anna Tait de Berkshire, Inglaterra, decidiram cessar completamente o uso de álcool. Tait, que antes tinha o hábito de consumo regular, observou uma melhora em sua saúde física após iniciar treinamento para uma maratona. De maneira semelhante, Amelie Hauenstein da Baviera optou pelo abandono do álcool por querer relembrar suas experiências sociais e melhorar sua qualidade de vida.
A decisão de reduzir ou eliminar o consumo de álcool está se tornando mais comum, à medida que as pessoas pesam os benefícios e riscos associados ao consumo. O posicionamento da OMS contribui para que mais indivíduos reconsiderem seus hábitos.
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