O café, uma das bebidas mais consumidas mundialmente, não é apenas popular por seu sabor e aroma únicos. Seu principal componente, a cafeína, é amplamente conhecido pelos efeitos estimulantes que produz no organismo. Esse consumo global levou a uma série de pesquisas que buscam entender os benefícios e riscos associados ao café.

Componentes nutricionais do café

Uma xícara típica de café, com cerca de 240ml, oferece mais do que aquele impulso de energia pela manhã. Estudos indicam que a bebida contém quantidades modestas de vitaminas do complexo B e minerais como potássio, manganês e magnésio. Estas substâncias são essenciais para a saúde geral do organismo e contribuem para funções vitais do corpo.

Os benefícios cognitivos e energéticos da cafeína

A capacidade do café de melhorar o estado de alerta e o nível de energia é atribuída à cafeína, que bloqueia o neurotransmissor adenosina no cérebro. A adenosina é responsável por promover o sono e reduzir a excitação. Com a sede desse neurotransmissor neutralizada, há um aumento na produção de dopamina e norepinefrina, que estão ligadas à elevação do humor e à função cognitiva.

Quais doenças o café ajuda a prevenir?

• Doenças Cardiovasculares: Estudos sugerem que o consumo moderado de café está associado a uma redução no risco de doença cardíaca e derrame. Ingestão de uma a duas xícaras diárias pode diminuir o risco de insuficiência cardíaca.
• Diabetes Tipo 2: A capacidade do café em melhorar o processamento da glicose é bem documentada, reduzindo o risco de desenvolvimento desse tipo de diabetes.
• Doenças Hepáticas: O consumo de café contribui para níveis mais equilibrados de enzimas hepáticas, ajudando a proteger contra a cirrose e o câncer de fígado.

O papel do café no risco de desenvolver câncer e doenças neurodegenerativas

Estudos sistêmicos apontam que um consumo elevado de café pode diminuir em 18% o risco de câncer e está associado a uma redução no risco de tumores colorretais e uterinos. No âmbito das doenças neurodegenerativas, a cafeína demonstrou reduzir o risco de desenvolver Parkinson e retardar o aparecimento de outras demências, como Alzheimer.

Como o café influencia na saúde mental e longevidade?

Pesquisas também associam o consumo de café a uma menor propensão ao desenvolvimento de depressão, com uma redução potencial de 20%. Em termos de longevidade, um estudo abrangente envolvendo 400 mil pessoas indicou que consumir a bebida regularmente está relacionado a um risco menor de mortalidade geral. Esse efeito positivo parece ser cumulativo, ligado às múltiplas proteções que o café oferece contra diversas doenças.

A importância da moderação no consumo de cafeína

Embora o café tenha múltiplos benefícios, os especialistas destacam a importância da moderação no consumo. O excesso de cafeína pode levar a efeitos como ansiedade e distúrbios do sono. Cada pessoa tem uma sensibilidade diferente à cafeína, tornando essencial observar como o organismo reage a cafeína. Por último, recomenda-se evitar adoçantes e cremes pesados, que podem aumentar significativamente o teor calórico da bebida.