Gírias de Moana 2 causam polêmica na internet
O lançamento de Moana 2, sequência do filme de sucesso de 2016, trouxe à tona diversas discussões no universo cinematográfico
O lançamento de Moana 2, sequência do filme de sucesso de 2016, trouxe à tona diversas discussões no universo cinematográfico, especialmente no que diz respeito à dublagem para o português brasileiro. A inclusão de gírias contemporâneas na tradução tem gerado opiniões divergentes entre o público e críticos.
O filme estreou nacionalmente em 28 de novembro, dando continuidade à jornada de Moana nos mares após receber um chamado de seus ancestrais. Apesar da empolgação pelo retorno da heroína, o uso de termos considerados ‘saturados’ na dublagem despertou debate acerca de sua adequação para um público infantojuvenil.
Por que as gírias causaram tanto alvoroço?
A principal crítica recai sobre a frequência e a escolha de gírias como “lacrou” e “o pai tá on”, que muitos consideram ultrapassadas e sem ressonância com as crianças atuais. Em plataformas como o TikTok, usuários destacaram que as expressões usadas no filme não provocaram as risadas esperadas entre os jovens espectadores nas salas de cinema.
Por outro lado, houve quem defendesse a iniciativa da Disney em buscar uma conexão mais próxima com a cultura jovem brasileira. A discussão gira em torno de como a indústria cinematográfica pode se atualizar para refletir as linguagens cotidianas sem perder a essência cultural pretendida.
Como a dublagem pode valorizar a cultura local?
Em entrevistas, os dubladores da versão brasileira do filme, Any Gabrielly e Saulo Vasconcellos, expressaram o desafio de adaptar uma história de fundo polinésio para um público predominantemente brasileiro. Saulo Vasconcellos destacou a importância de tornar a inserção cultural o mais autêntica possível, aproveitando o colorido, o festivo e a musicalidade inerente à cultura maori para conquistar audiência local.
É possível equilibrar autenticidade e modernidade?
Ajustar o texto de um filme de animação para manter sua relevância internacional enquanto dialoga com a cultura local é um desafio contínuo. Moana 2 buscou esse equilíbrio ao trazer uma adaptação linguística que, mesmo polêmica, tentou integrar elementos de contemporaneidade com a essência original da obra. A reação dividida do público evidencia a pluralidade de expectativas quanto às adaptações culturais e linguísticas em produções globais.
No futuro, a indústria cinematográfica pode se beneficiar de uma abordagem colaborativa com especialistas em cultura e linguagem para que traduções possam tanto entreter quanto educar, respeitando as nuances e os contextos locais de seus públicos-alvo.
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