O café, uma das bebidas mais populares do mundo, tem sido objeto de debates quanto aos seus riscos e benefícios à saúde. Estudos mais recentes contradizem visões antigas que atribuíram ao café um impacto negativo na saúde cardíaca. Na verdade, diversos trabalhos científicos agora indicam que o café pode trazer benefícios importantes.

A suspeita de que o café seria um agente carcinogênico devido à presença de acrilamida foi refutada por organizações como a IARC, desde que a bebida não seja consumida em temperaturas muito elevadas. Com dados atualizados, especialistas defendem que o café não está diretamente ligado ao desenvolvimento de câncer em condições normais de consumo.

Quais são as vantagens do consumo regular de café?

A análise de grandes bases populacionais ofereceu novas perspectivas sobre os efeitos do café. Resultados de estudos, como o liderado por Marc Gunter, sugerem que o consumo de café pode estar associado a um menor risco de doenças cardíacas, AVCs e alguns tipos de câncer. Curiosamente, esses efeitos benéficos são observados igualmente no tradicional e no descafeinado.

• Redução do risco de doenças cardiovasculares
• Menor probabilidade de desenvolvimento de certos tipos de câncer
• Efeitos antioxidantes presentes tanto no café com cafeína quanto no descafeinado

Embora usuários de café possam apresentar pressão sanguínea elevada, não há evidências conclusivas de que isso aumente o risco de condições cardiovasculares. Estudos sugerem que os compostos presente na bebida, além da cafeína, podem desempenhar um papel protetor.

Quais são as limitações dos estudos sobre o café?

Embora os dados observacionais sejam abrangentes, ainda existem desafios em confirmar a causa e efeito. Os consumidores de café podem simplesmente adotar outros hábitos saudáveis que contribuem para seus resultados favoráveis. Além disso, variações genéticas significativas podem influenciar como diferentes indivíduos reagem à cafeína, dificultando a generalização dos resultados.

O café é seguro durante a gravidez?

As orientações sobre o consumo durante a gravidez permanecem incertas. Alguns estudos associaram o consumo elevado de cafeína ao risco de aborto espontâneo. Contudo, os dados são baseados em observações populacionais, o que dificulta separar os efeitos da cafeína daqueles causados por outros fatores correlacionados, como o tabagismo.

Recomenda-se que mulheres grávidas limitem sua ingestão de café a uma ou duas xícaras por dia, apesar de análises divergentes não confirmarem uma relação direta com riscos aumentados significativos.

O café auxilia no desempenho mental ou gera dependência?

Embora muitos acreditem que o café melhora o desempenho mental, os efeitos só não seriam notáveis em consumidores frequentes que já desenvolveram tolerância. Assim, o consumo regular pode levar a uma forma de dependência, embora não seja associado a compulsão ou vício graves.

1. Em consumidores frequentes, é comum sentir cansaço ao interromper o consumo.
2. A abstinência de cafeína pode causar dores de cabeça e fadiga.

Resumidamente, o consumo moderado da bebida, até quatro xícaras diárias, apresenta mais benefícios do que riscos à saúde, evidenciando-se como parte de um estilo de vida saudável quando ingerido com moderação. Mesmo assim, cada indivíduo deve avaliar sua tolerância pessoal para aproveitar ao máximo seus efeitos.