Estudo revela como o jejum intermitente afeta o comportamento alimentar
O jejum intermitente é uma prática perigosa e não recomendada para várias populações.
O jejum intermitente tem se tornado uma prática comum entre aqueles que buscam emagrecer. Contudo, um estudo recente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) levanta preocupações sobre seus riscos potenciais. A pesquisa destaca que os períodos prolongados sem alimentação podem acentuar o desejo intenso por comida e potencialmente levar a comportamentos de compulsão alimentar.
Segundo o estudo, a prática de alternar entre momentos de jejum e alimentação pode estar associada a transtornos alimentares. Isso desperta alertas sobre se esse método é realmente benéfico para aqueles que buscam perder peso de maneira saudável e sustentável.
O que o estudo revela sobre o jejum intermitente?
O estudo realizado pela USP envolveu mais de 450 estudantes, sendo 89 deles praticantes do jejum intermitente. A análise do comportamento alimentar dos participantes foi feita com base em questionários online, investigando suas rotinas alimentares nos meses anteriores. Indicou-se que quanto maior o período de jejum, mais frequentes eram os sinais de compulsão alimentar e desejo de consumir alimentos proibidos, como doces e comidas gordurosas.
Esses achados sugerem que o jejum intermitente, na realidade, pode causar um aumento na ansiedade em relação à comida, resultado que parece ser contraditório ao objetivo inicial de controlar a ingestão alimentar. A frustração de não atingir os objetivos de emagrecimento também pode agravar este comportamento impulsivo.
Por que o jejum impulsiona a compulsão alimentar?
A pesquisa destaca que o controle excessivo sobre a alimentação, promovido pelo jejum intermitente, gera estresse. Esta pressão pode prejudicar a regulação natural da alimentação, levando a um comportamento do tipo “tudo ou nada”. De fato, a frustração gerada ao não se obter os resultados esperados pode potencialmente resultar em episódios descontrolados de alimentação, uma situação que o estudo chama de “efeito rebote”.
- Maior vulnerabilidade em contextos sociais, como festas ou celebrações.
- Potencial para desencadear um ciclo de restrição e descontrole.
- Aumento dos níveis de estresse e desejo intenso por alimentos.
O jejum intermitente possui algum benefício real?
No contexto brasileiro, onde jejuar não tem um grande respaldo cultural ou religioso, o jejum intermitente é muitas vezes adotado com o único objetivo de perder peso. A prática, no entanto, pode ser mais estressante do que eficaz. De acordo com especialistas, buscar alternativas mais flexíveis e evitar excessos é crucial para uma dieta saudável.
- Evitar restrições alimentares extremas.
- Respeitar as necessidades do corpo e manter uma alimentação balanceada.
- Focar no bem-estar e não apenas na perda de peso.
Em resumo, embora o jejum intermitente tenha ganhado popularidade, é importante estar ciente dos riscos associados à prática e buscar métodos de emagrecimento que respeitem os sinais e limites do corpo. Uma abordagem saudável deve sempre priorizar o equilíbrio e não a restrição severa.
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