Disney corta diálogos sobre identidade trans de personagem em nova série da Pixar
Personagem permanece, mas diálogos sobre identidade de gênero foram retirados; decisão reflete tendência internacional de restrições a mudanças de sexo em menores
A Disney ajustou o enredo da série animada “Win or Lose”, da Pixar, removendo diálogos que mencionavam diretamente a identidade de gênero de um personagem transgênero
A série, com estreia prevista para 19 de fevereiro de 2025 no Disney+, acompanha um time escolar de softball na semana anterior à final do campeonato. Embora o personagem transgênero permaneça na história, as referências explícitas à sua identidade foram suprimidas.
Um porta-voz da Disney afirmou: “Quando se trata de conteúdo animado voltado para o público jovem, reconhecemos que muitos pais preferem discutir certos assuntos com seus filhos conforme sua própria abordagem.” A empresa não forneceu detalhes adicionais sobre as alterações ou os motivos específicos que levaram à decisão.
Contexto internacional de restrições à transição de gênero infantil
A decisão da Disney ocorre em um momento de crescente debate global sobre a transição de gênero em menores de idade. Diversos países e estados norte-americanos têm implementado medidas restritivas quanto a tratamentos de redesignação sexual para crianças e adolescentes.
Nos Estados Unidos, quase metade dos estados promulgou leis que proíbem menores de idade de acessar bloqueadores de puberdade e tratamentos hormonais de transição. Recentemente, a Suprema Corte dos EUA analisou uma lei adotada pelo estado do Tennessee que restringe esses tratamentos para menores.
Durante as deliberações, juízes expressaram preocupação com a constitucionalização de tais práticas, especialmente considerando que países na vanguarda desses tratamentos estão adotando abordagens mais cautelosas.
Além disso, estados como Texas e Flórida aprovaram legislações que proíbem a transição de gênero para menores de idade, incluindo tratamentos hormonais e cirúrgicos. No Texas, por exemplo, a Assembleia Legislativa aprovou um projeto de lei que impede médicos de prescreverem tais tratamentos, permitindo exceções apenas para menores que já estão em tratamento, os quais devem descontinuá-lo progressivamente.
Essa onda de restrições reflete uma crescente cautela global em relação à transição de gênero em menores, influenciando decisões de grandes corporações de entretenimento, como a Disney, que buscam alinhar suas produções ao senso comum.
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