O alho, um ingrediente comum nas cozinhas ao redor do mundo, é frequentemente citado por seus potenciais benefícios à saúde. Conhecido cientificamente como Allium sativum, este vegetal tem sido objeto de inúmeras pesquisas que analisam suas propriedades medicinais. No entanto, é crucial distinguir entre o que é comprovado cientificamente e o que não passa de mito.

Composição e potenciais medicinais do alho

O alho é rico em compostos bioativos, como a alicina, uma substância que confere ao alho seu cheiro característico e possíveis propriedades antimicrobianas e anticancerígenas.

Além disso, contém vitaminas dos complexos B e C, assim como minerais importantes, como zinco, potássio e fósforo. Essas características têm inspirado muitos estudos na tentativa de verificar os reais benefícios desse alimento para a saúde.

Ação do alho no sistema imunológico

A crença popular de que pode curar ou prevenir doenças como a gripe não é totalmente apoiada pela ciência. Estudos indicam que a alicina pode ajudar a prevenir resfriados, mas não elimina completamente os vírus causadores de doenças respiratórias.

Em um estudo com 146 participantes, aqueles que tomaram suplementação com alicina tiveram menos resfriados, mas a amostra foi considerada pequena para conclusões definitivas.

O alho na prevenção do câncer

Os estudos sobre o alho como preventivo do câncer apresentam resultados mistos. Pesquisas com suplementação de compostos de alho e selênio mostraram redução na malignidade de tumores gástricos, enquanto outras não observaram benefícios significativos.

Ainda são necessários mais estudos para verificar o potencial anticancerígeno do alimento, embora seu consumo em uma dieta equilibrada não cause malefícios.

Impacto do alho na saúde cardiovascular

A alegação de que o alho pode ajudar a reduzir a pressão arterial tem algum suporte científico. Uma revisão de 11 pesquisas indicou que a ingestão pode beneficiar indivíduos com hipertensão. A ação vasodilatadora da alicina e a produção de sulfeto de hidrogênio são apontadas como mecanismos possíveis. No entanto, evidências conclusivas sobre a redução do risco de mortalidade não foram confirmadas.