A obesidade na infância e o impacto da cirurgia bariátrica na vida dos adolescentes
Conheça os impactos deste procedimento e suas implicações.
Michel Monteiro, um jovem de 17 anos, encontrou na dança e na atuação sua forma de expressar arte, mas seu caminho até essa realização não foi livre de desafios. Com 1,75 metro e 65 quilos atualmente, sua trajetória de vida inclui uma batalha contra a obesidade desde a infância, um problema que se agravou durante a pandemia de COVID-19, levando-o à depressão e ao abandono temporário da dança.
A luta contra a obesidade na infância
Na infância, Michel experimentou diversos métodos para perder peso, incluindo dietas restritivas e tratamentos farmacológicos, chegando a utilizar a semaglutida, uma medicação considerada eficaz para tratar a obesidade.
No entanto, essas tentativas não trouxeram os resultados esperados. Aos 13 anos, Michel atingiu 92 quilos, com um Índice de Massa Corporal (IMC) de 42,57, classificando-se em situação de obesidade grave, condição que exigia intervenção médica urgente.
A decisão pela cirurgia bariátrica
A cirurgia bariátrica emergiu como uma possível solução. Contudo, devido à idade de Michel, muitos profissionais hesitaram em realizar o procedimento. A situação começou a mudar com a intervenção do cirurgião bariátrico Marcos Leão Vilas Boas, que já era uma referência na realização de cirurgias bariátricas em jovens.
Segundo o médico, “ainda existe muito preconceito em torno da cirurgia para adolescentes”, mas reconhece que as condições de Michel justificavam uma medida mais drástica.
Desafios e a superação da obesidade
Uma barreira adicional foi a política de cobertura para cirurgias bariátricas em adolescentes. Em 2023, as diretrizes brasileiras estipulam que apenas jovens a partir dos 16 anos são elegíveis para o procedimento coberto por planos de saúde ou pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Diante da urgência e gravidade do caso, a família de Michel decidiu custear a cirurgia por conta própria, o que acabou transformando seus desafios em uma notável jornada de superação.
Resultados e ação positiva
Após a cirurgia, Michel perdeu 40 quilos em dois anos. Este marco o conduziu de volta à dança e reforçou sua imagem pessoal e confiança. Michel, agora estudante do segundo ano do ensino médio, se tornou um defensor ativo contra a gordofobia, trazendo sua experiência pessoal para discutir e sensibilizar a sociedade sobre este tipo de discriminação.
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