A ciência te conta tudo sobre dinâmica da personalidade humana
Entenda a ciência por trás da mudança de personalidade e descubra estratégias eficazes para cultivar traços desejáveis.
Os testes de personalidade, amplamente utilizados para direcionar trajetórias educacionais e profissionais, têm suas limitações, especialmente quando não são respaldados por investigações científicas robustas.
Enquanto muitos questionários da internet são encarados como meramente recreativos, um número surpreendente de avaliações formais também carece de um embasamento sólido na literatura científica. Essa indústria, que movimenta bilhões de dólares anualmente, raramente consegue prever com precisão o sucesso profissional dos indivíduos.
Por que a ciência questiona testes de personalidade?
A crítica central aos testes de personalidade reside na concepção estática que muitos deles impõem sobre os indivíduos. Tradicionalmente, tais testes pressupõem que os traços de personalidade são fixos, permanecendo inalterados ao longo da vida.
No entanto, pesquisas recentes em psicologia da personalidade desafiam essa visão, apontando que os traços podem evoluir ao longo do tempo, em resposta a experiências e esforços pessoais.
O que define a personalidade?
Para entender melhor a complexidade da personalidade, os psicólogos definem-na como o conjunto característico de pensamentos, sentimentos e comportamentos de uma pessoa. A personalidade pode ser considerada como uma soma de rótulos descritivos que resumem como um indivíduo reage a diferentes situações.
Na década de 1930, surgiu a teoria dos “Cinco Grandes” traços de personalidade, abarcando neuroticismo, extroversão, conscienciosidade, amabilidade e abertura. Esses traços oferecem um referencial para descrever a natureza humana de maneira compacta e abrangente.
Embora muitas vezes associemos nossa personalidade à nossa essência, a ciência sugere que gostos, preferências e valores não são, na verdade, intrínsecos à personalidade. Alterar os “Cinco Grandes” não muda a essência de um indivíduo, mas sim a maneira de interagir com o mundo. Ou seja, reações e comportamentos podem ser ajustados, sem perder a identidade pessoal.
A capacidade de mudança da personalidade
Mudar a personalidade pode parecer um desafio monumental, mas estudos sugerem que as pessoas mudam naturalmente à medida que envelhecem. Ao adotar novas formas de pensar e agir, é possível cultivar características desejáveis. Por exemplo, uma pessoa que deseja ser mais confiável pode começar a valorizar a pontualidade e implementar ações para cumprir compromissos com rigor.
Estudos recentes indicam que mudanças intencionais na forma de pensar e agir podem bastar para transformar a personalidade em menos tempo do que originalmente se pensava. Iniciativas que duram cerca de 20 semanas podem ser suficientes para observar modificações significativas. Isso é bastante revelador e empoderador, pois sugere que mudanças profundas não requerem décadas para serem concretizadas.
Estratégias para cultivar traços desejáveis
As técnicas cognitivas e comportamentais oferecem um caminho prático e acessível para aqueles que desejam moldar sua personalidade de maneira ativa. O primeiro passo envolve identificar e modificar padrões de pensamento que limitam o indivíduo. Uma visão negativa dos outros, por exemplo, pode desencadear uma série de comportamentos defensivos que, se transformados, criam novas oportunidades de interação positiva.
Em adição, explorar novos comportamentos pode levar a respostas mais benéficas nas relações interpessoais. Ao modificar reações habituais, as pessoas podem começar a ver resultados diferentes em suas interações diárias, reforçando novos padrões positivos de comportamento.
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