Varejo forte no RS após enchentes, mas fica estagnado no país
Compra de itens perdidos em função das enchentes no estado gaúcho, como móveis e eletrodomésticos impulsionaram a recuperação local
O ICVA (Índice Cielo de Varejo Ampliado) registrou estagnação do setor em maio. De acordo com a Cielo, companhia de meios de pagamento, em termos deflacionados – isto é, descontada a inflação – o mês não apresentou variação nas vendas na comparação com maio do ano passado.
De acordo com comunicado ao mercado da companhia, o volume de vendas foi pressionado por quedas nos setores de serviços e bens duráveis e semiduráveis. De acordo com o indicador, esses segmentos recuaram 5,1% e 1,7% na comparação anual.
Na ponta positiva, o setor de bens não duráveis registrou alta de 2,5% nas vendas de maio sobre um ano antes.
“O dia das mães representou um alento para o varejo no mês de maio. Setores presenteáveis, como óticas e joalherias, tiveram desempenho acima da média. O segmento de móveis, eletro e departamento seguiu na mesma direção e ajudou o comércio de maneira geral a não registrar variação negativa”, afirma o vice-presidente de tecnologia e negócios da Cielo, Carlos Alves, no documento.
Somente sul registra alta nas vendas
Na abertura por região dos números, quatro das cinco regiões geográficas registraram queda nas vendas. O Centro-Oeste liderou o recuo, com -1,2% na comparação com o mesmo período do ano passado, seguido por Sul e Sudeste empatados com queda de 0,8% e nordeste, com -0,3%.
A região Sul foi a única a ver avanço nos volumes transacionados no período, com alta de 1,6% no indicador. De acordo com Alves, o estado do Rio Grande do Sul puxou a recuperação dos números, com a provável reposição de itens perdidos durante as enchentes que assolaram os estados no mês.
O ICVA apontou crescimento de 4,7% (descontada a inflação) em maio no estado. “O faturamento do varejo subiu, impulsionado principalmente pela compra de produtos essenciais encontrados em supermercados, postos de gasolina e farmácias”, afirma Alves. “Houve crescimento também no setor de móveis, eletro e departamento, possivelmente provocado pelas perdas de itens desta categoria nas enchentes”, completa o o vice-presidente de tecnologia e negócios da Cielo.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)