Varejo dos EUA mostra força e continua expansão em agosto
Economia americana continua a dar sinais de força e pode contribuir para um início de relaxamento monetário mais cauteloso nos EUA
As vendas no varejo americano registraram um aumento de 0,1% em agosto, superando as expectativas de uma queda de 0,2% esperada pelos economistas consultados pela Bloomberg. O crescimento ainda veio acompanhado de uma revisão para cima do desempenho de julho, que passou de 1,0% para 1,1%, conforme divulgado pelo Departamento de Comércio dos EUA.
Núcleo das vendas no varejo também subiu
As vendas no varejo, excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentação, aumentaram 0,3% em agosto, também acompanhas de uma revisão para cima do crescimento em julho, de 0,3% para 0,4%.
O núcleo das vendas, isto é, desconsiderando-se itens mais voláteis, estão mais diretamente relacionadas ao componente de gastos dos consumidores do PIB (Produto Interno Bruto).
Expectativas para a Política Monetária
Os dados não deve ter muito impacto na decisão do Federal Reserve sobre os juros na quarta-feira, 18, mas confirma a saúde da economia americana e pode ajudar os argumentos dos favoráveis a uma estratégia de relaxamento monetária mais cautelosa. A curva futura de juros americana indica 68% de chances de uma alta de 0,50 ponto percentual na taxa básica dos Estados Unidos.
A maioria dos economistas consultados pela Bloomberg, no entanto, acredita em uma redução de 0,25 p.p. e não vê uma desaceleração econômica que justifique acelerar o processo.
Também na quarta-feira, 18, o Banco Central do Brasil define o patamar dos juros por aqui. A decisão americana também pode ser um fator a ser considerado pela autoridade monetária brasileira. A expectativa local é de aumento de 0,25 p.p. na Selic, que passaria dos atuais 10,50% ao ano para para 10,75% a.a..
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