A gigante brasileira da mineração registrou uma alta de 198% no lucro liquido do 2º trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. A linha passou de 928 milhões de dólares para 2,769 bilhões de dólares. Contra o trimestre imediatamente anterior, quando os ganhos alcançaram 1,687 bilhão de dólares, a alta ficou em 64%.

A empresa atribui o resultado a melhora das vendas de minério de ferro que aumentaram em 5,4 milhões de toneladas (+7%) na comparação anual e 16 milhões de toneladas (+25%) no trimestre contra trimestre. Ainda de acordo com a Vale, o ganho foi impulsionado pela maior produção
para um segundo trimestre desde 2018, bem como pelas vendas de estoques.

Apesar disso, a mineradora registrou recuo no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) Proforma (que exclui despesas relacionadas a Brumadinho) de 6%. A companhia defende que isso foi reflexo de custos de frete mais elevados e maior concentração de “de manutenção para maximizar o desempenho” no segundo semestre deste ano.

O custo caixa C1 (que diz respeito ao custo da extração até o porto) de finos de minério de ferro, excluindo compras de terceiros, avançou 6% na comparação trimestral, atingindo 24,9 dólares por tonelada, principalmente devido ao impacto sazonal do giro de estoques e à concentração de atividades de manutenção. “Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo impacto positivo dos maiores volumes de produção e da depreciação do real“, diz a Vale.

Proventos da Vale

A mineradora também anunciou a distribuição de 8,9 bilhões de reais na forma de JCP (Juros Sobre Capital Próprio), o que corresponde ao valor bruto de 2,093798142 reais por ação. Todos os acionistas em posse dos papeís da Vale no dia 2 de agosto deste ano terão direito a receber o provento. O pagamento está previsto para 4 de setembro.

Vale lembrar que sobre o valor bruto dos JCP são descontados 15% a título de imposto de renda retido na fonte.