A Vale anunciou na segunda-feira, 26, a escolha de Gustavo Pimenta (foto) como novo CEO. O executivo assumirá o cargo a partir de 1º de janeiro de 2025 no lugar de Eduardo Bartolomeo.

De forma unânime, o Conselho de Administração da mineradora elegeu Pimenta “ao fim de rigoroso processo de seleção suportado por empresa de padrão internacional, em conformidade com o Estatuto Social da Vale, políticas corporativas, regulamento interno do colegiado e legislações aplicáveis”, segundo fato relevante.

Formado em Economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e mestre em Finanças e Economia pela Fundação Getulio Vargas, Pimenta chegou à Vale em novembro de 2021. Atualmente, ele é vice-presidente-executivo de Finanças e Relações com Investidores da empresa.

Antes de chegar à Vale, Pimenta foi vice-presidente financeiro global da AES Corporation, nos Estados Unidos, e vice-presidente de Estratégia e M&A no Citigroup, também nos EUA.

“Agradeço a confiança do conselho para liderar a Vale nesse novo ciclo”, disse o próximo presidente da Vale.

“Vamos juntos nessa jornada, intensificando o diálogo com todos os nossos stakeholders (públicos de interesse) e priorizando a segurança das pessoas, das operações e do meio ambiente. Tenho certeza de que seguiremos avançando em nossa missão, com foco em geração e distribuição de valor, elevando a Vale a patamares ainda mais altos”, acrescentou.

Lula tentou emplacar Mantega na Vale

O processo de escolha de Gustavo Pimenta encerrou um longo período de indefinição sobre a sucessão de Eduardo Bartolomeo, o qual contou com a pressão do governo Lula para indicar um novo CEO na mineradora.

Como registramos, Lula incumbiu o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, da missão de tentar convencer os diretores da Vale a endossarem a indicação de Guido Mantega, culpado pelas pedaladas fiscais no governo Dilma, para uma boquinha como presidente ou como conselheiro da mineradora.

Os acionistas da empresa receberam a notícia com espanto, e as ações da Vale responderam negativamente assim que os rumores sobre o assunto se espalharam no mercado financeiro.

Auxiliares do presidente e sócios privados chegaram a elaborar um plano em que Mantega ocuparia uma cadeira no conselho de administração da Vale, mantendo o atual presidente Eduardo Bartolomeo no cargo por um período de mais um ano.

Mantega foi inabilitado em 2016 de assumir cargos públicos pelo Tribunal de Contas da União por conta de sua participação nas “pedaladas fiscais” do governo Dilma Rousseff. A decisão, porém, foi suspensa no ano passado por determinação do TRF-1.

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