Vale defende que processo sucessório segue normas internas
De acordo com comunicado da empresa, processo sucessório segue todas as normas de governança da mineradora
Após praticamente um dia inteiro evitando comentar sobre a carta de renúncia do conselheiro independente José Luciano Duarte Penido, a Vale divulgou comunicado na noite de terça-feira, 12, assegurando que o processo de definição do próximo presidente da empresa está “rigorosamente em conformidade com o estatuto social, regimento interno e políticas corporativas“.
A manifestação da companhia tenta conter os danos do texto de Penido, que denuncia uma “nefasta influência política” nas negociações para sucessão na mineradora.
A Vale reafirmou que o CA (Conselho de Administração) continuará desempenhando as funções de acordo com os processos de governança.
Na semana passada, o CA decidiu prorrogar o mandato do atual CEO, Eduardo Bartolomeo, de maio para dezembro deste ano. Durante esse período, uma lista tríplice será apresentada para a escolha do novo presidente da mineradora. O atual CEO, Eduardo Bartolomeo, auxiliará na transição.
Alguns meses atrás com a aproximação do fim do mandato ao atual CEO em 24 de maio, o governo tentou substituir Bartolomeo pelo ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, mas desistiu da ideia após as repercussões negativas na mídia e a baixa adesão ao indicado no Conselho da mineradora. A questão caminhava lentamente para o esquecimento, quando Penido decidiu renunciar.
O conselheiro reacendeu a discussão sobre a ingerência do governo em uma empresa privada e chegou a declarar na carta enviada ao presidente do conselho, Daniel Stieler, que “não acredita mais na honestidade de propósitos de acionista relevantes da empresa“.
O governo não tem mais posição acionária na mineradora, mas utiliza a condição de principal acionista da Previ (Fundo de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil) e da mão pesada do Estado para tentar impor a vontade de Lula, para arranjar uma boquinha ao fiel Guido Mantega.
Penido é bacharel em Engenharia de Minas e possui ampla experiência no ramo de commodities, e foi CEO da Samarco por 13 anos e presidente do conselho da Fibria, por mais de dez anos. Estava no conselho da Vale desde 2019.
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