Vai estourar o teto
Marcos Mendes, do Insper, avisa que o rombo fiscal ainda não foi tapado: “Quando o mercado viu o crescimento da despesa primária real cair de 6% ao ano para pouco mais de zero, acreditou na continuidade das reformas, e que o regime fiscal havia mudado...
Marcos Mendes, do Insper, avisa que o rombo fiscal ainda não foi tapado:
“Quando o mercado viu o crescimento da despesa primária real cair de 6% ao ano para pouco mais de zero, acreditou na continuidade das reformas, e que o regime fiscal havia mudado: a dívida teria passado a ser sustentável. Esse é o componente interno da queda dos juros.
Contudo, essa percepção pode mudar a qualquer momento, se não for possível cumprir o teto em futuro próximo. Esse cumprimento depende da aprovação da chamada PEC Emergencial, que propõe que, por dois anos, não haja reajuste real de várias despesas primárias obrigatórias do governo federal (…).
Mesmo antes que o teto seja desrespeitado, a curva de juros pode ‘empinar’, pela simples percepção de piora. E a dinâmica da dívida voltaria a ser a mesma agonia do passado recente.
É preocupante que as agendas do Congresso e do Executivo estejam gradualmente se afastando do ajuste.”
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