Affonso Celso Pastore foi entrevistado pelo G1 sobre a queda do PIB.

Ele disse:

“Não dá para ser muito otimista com a velocidade de recuperação da economia. O que vai acontecer quando não tiver a ajuda dos 600 reais? O Guedes está discutindo com o presidente da República um programa de renda mínima que não vai ser estendido para 66 milhões de pessoas. Esses 66 milhões de pessoas, ao receberem esse benefício, estão retribuindo ao presidente um aumento da sua popularidade, que subiu de 30% para 37%. Para onde vai a popularidade do presidente quando uma grande fração desses 66 milhões deixarem de receber esses 600 reais? Certamente ela vai para baixo. A pergunta que fica é como o presidente vai reagir.”

Ele disse também:

“Nós vamos estar 8,5%, 9% ao final deste ano abaixo de onde a gente estava em 2014, em termos de PIB. O PIB per capita tem uma queda muito forte. Você não recompõe isso no ano que vem, em dois anos. Vai demorar uns dois anos para tentar fazer o catch up. Essa aqui infelizmente é uma crise que acontece quando a recessão anterior não tinha sido totalmente absorvida no Brasil. Tem um custo social muito grande em cima desse processo inteiro.”