“Vacinação intermitente no Brasil reduz investimento estrangeiro”, diz especialista
O nível de investimento estrangeiro direto no Brasil está aquém do que poderia. E um dos motivos para isso é a falta de previsibilidade sobre a vacinação no país, segundo o advogado Emanuel Pessoa, doutor em direito econômico e mestre pela Universidade de Harvard...
O nível de investimento estrangeiro direto no Brasil está aquém do que poderia. E um dos motivos para isso é a falta de previsibilidade sobre a vacinação no país, segundo o advogado Emanuel Pessoa, doutor em direito econômico e mestre pela Universidade de Harvard.
Nos primeiros três meses de 2021, a entrada de dinheiro estrangeiro no Brasil somou US$ 17,709 bilhões. O total representou aumento de 40,3% na comparação com o montante registrado no mesmo período de 2020, apesar da queda de 7% em março deste ano.
“O Brasil começou a vacinação tardiamente e para toda hora por falta de imunizante. O investidor teme que o país precise de novos lockdowns, a economia piore, aumente a pobreza e surja um terreno que abrigue novos populismos”, afirmou Pessoa.
Dados do Banco Central divulgados no fim de abril mostram que os investimentos estrangeiros diretos no país totalizaram US$ 39,3 bilhões nos 12 meses encerrados em março deste ano. Esse resultado representa queda de 42,7% na comparação com os US$ 68,7 bilhões recebidos no período imediatamente anterior.
Para Pessoa, essa queda é resultado da precificação que os investidores já fizeram sobre a radicalização política brasileira. “Se o Brasil estivesse em um nível de imunização acima do que tem o Reino Unido, por exemplo, diminuiria a necessidade de lockdown e de aumentar gastos públicos. Assim, os investidores estariam mais confiantes de que o país entraria numa rota de estabilidade.”
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