US$ 13 bilhões gastos em dez anos, mas nada funciona
Sobre a série Comperj, vale lembrar: o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro foi anunciado pelo presidente Lula como a maior obra do PAC...
Sobre a série Comperj, vale lembrar: o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro foi anunciado pelo presidente Lula como a maior obra do PAC.
O projeto original foi lançado em 2006 pelo próprio Lula, que foi a Itaboraí, região metropolitana do Rio de Janeiro, acompanhado de Sérgio Cabral e companhia limitada.
O plano era investir US$ 6,5 bilhões de dólares para erguer uma refinaria inovadora. A tal refinaria transformaria o óleo pesado (e menos nobre) da Bacia de Campos em produtos petroquímicos de alto valor, usados na indústria de plásticos.
Com o tempo, o projeto foi mudando. A Odebrecht, sempre ela, entraria no negócio com a Petrobras. A parceria, porém, deu para trás, e o Comperj acabou se transformando em uma refinaria de combustíveis. Ou seja, apesar de manter o nome de “Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro”, o Comperj nada mais tinha a ver com petroquímica.
A construção da refinaria de combustíveis começou apenas em março de 2010, com a presença de Lula, claro, pela terceira vez. Além de lançar a pedra fundamental, em 2006, o ex-presidente visitou o Comperj em 2008, para inaugurar a obra de terraplenagem.
Em 2015, com 50% da refinaria construída, as obras foram paralisadas em razão das dificuldades das empreiteiras e da própria Petrobras, envolvidas na Lava Jato. A essa altura, a estatal já havia gastadoUS$ 13 bilhões, quase US$ 10 bilhões a mais que o orçamento original, mas nada funcionava, nem funciona.
Ainda não se sabe o total de propina vinculada ao Comperj, mas, segundo a Operação Calicute, somente o ex-governador Sérgio Cabral teria recebido R$ 2,7 milhões. O valor refere-se apenas ao contrato de terraplenagem. Em tempo: o consórcio que executou a terraplenagem era formado pela Odebrecht, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez.
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