Transição de governo pressiona CNPE por decisão sobre biodiesel
O Grupo Técnico de Agricultura no gabinete de transição de Lula criticou, nesta quarta-feira (23), a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de manter em 10% o nível de biodiesel no diesel até o mês de março de 2023. A decisão foi criticada por produtores...
O Grupo Técnico de Agricultura no gabinete de transição de Lula criticou, nesta quarta-feira (23), a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de manter em 10% o nível de biodiesel no diesel até o mês de março de 2023. A decisão foi criticada por produtores do setor e, agora, por parlamentares ligados ao agronegócio.
“Trata-se de um duro e duplo golpe: na cadeia produtiva do biodiesel, que trabalha com base no planejamento, e na sociedade, ao contribuir para o aumento da emissão de gases efeito estufa”, escreveram os membros do GT, incluindo os senadores Carlos Fávaro (PSD-MT) e Katia Abreu (PP-TO), além do deputado Neri Geller (PP-MT).
O biodiesel a 10% (B10) foi a solução encontrada pelo governo para evitar o desabastecimento e disparada de preços do diesel, que utilizava 15% de biodiesel em sua composição (B15). Por conta de uma quebra na safra de soja, principal ativo na produção do biodiesel, a gradação teve de ser revista.
O grupo de trabalho pede que o Ministério de Minas e Energia – a quem o CNPE se subordina – vete a sugestão, e que a Presidência da República faça o mesmo. “Trata-se de uma decisão que terá efeitos para o próximo governo e que não poderia ser tomada sem uma análise conjunta com a equipe de transição”, concluem os autores.
O grupo sugeriu nesta terça-feira (23) que poderá revogar a norma a partir de janeiro.
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