Temporada de resultados: Suzano, XP, Ambev, Gerdau, BRF e Pão de Açúcar
Esta semana está sendo decisiva com a divulgação dos resultados das empresas listadas em bolsa e, hoje, trazemos os principais destaques do dia com Suzano, Gerdau, Ambev, Pão de Açúcar, XP e BRF...
Esta semana está sendo decisiva com a divulgação dos resultados das empresas listadas em bolsa e, hoje, trazemos os principais destaques do dia com Suzano, Gerdau, Ambev, Pão de Açúcar, XP e BRF.
Suzano
A Suzano (foto) divulgou um forte resultado no primeiro trimestre de 2022, com um crescimento de 10% das receitas, na comparação com o mesmo período do ano anterior, atingindo 9,7 bilhões de reais puxado pelo preço internacional da celulose, negociada na casa de 750 dólares a tonelada. Isso permitiu que a companhia tivesse uma forte geração de caixa operacional de 3,9 bilhões de reais. O lucro foi de 10,3 bilhões de reais, impulsionado pelos ganhos de variação cambial do período. Já a dívida líquida da companhia está 2,1 vezes a geração de caixa operacional, um patamar considerado controlado e que vem sendo reduzido nos últimos anos. A Suzano também divulgou a recompra de 2,8% das ações em circulação.
Gerdau
A Gerdau teve uma receita de 20 bilhões de reais no trimestre, 24% acima do primeiro trimestre de 2021. Já a geração de caixa operacional foi de 5,8 bilhões de reais, 36% acima do ano anterior. Por fim, seu lucro foi de 2,9 bilhões de reais, 19% superior ao 1T21. A empresa deve ser uma das maiores pagadoras de dividendos da bolsa brasileira em 2022.
Ambev
Outra companhia que veio com um resultado positivo foi a Ambev. A empresa apresentou uma receita de 18 bilhões de reais, 12% acima do primeiro trimestre de 2021. O lucro líquido atingiu 3,5 bilhões de reais, um crescimento de 29% na comparação ano contra ano. A empresa conseguiu aumentar os preços, principalmente na região da América do Sul, o que impulsionou os resultados, bem como a redução de despesas financeiras.
Pão de Açúcar
Os resultados do Grupo Pão de Açúcar foram neutros, com a empresa terminando a operação de venda das lojas do Extra para o Assaí. A empresa apresentou um lucro de 1,4 bilhão de reais neste trimestre, puxado principalmente pela venda dos negócios descontinuados. A receita da companhia foi de 11 bilhões de reais, 2,5% acima de 2021. Além disso, está em fase final a reestruturação interna em meio aos boatos de que o seu antigo controlador, Abílio de Diniz, poderia recomprar o controle da companhia.
XP
A XP teve um resultado abaixo do esperado pelo mercado, na comparação com o quarto trimestre de 2021. O lucro da companhia de 986 milhões de reais foi 9% abaixo do último trimestre de 2021. Como ela negocia com uma expectativa de crescimento e a um preço de 19 vezes o seu lucro dos últimos doze meses, um mal resultado acaba impactando no preço das ações.
BRF
A Brasil Foods teve um resultado muito negativo e o crescimento de 26% dos custos fizeram com que a receita bruta da empresa fechasse o trimestre com 1,1 bilhão de reais. Isso representa uma queda de 47%, na comparação com o mesmo período do ano anterior, acarretando um prejuízo de 1,5 bilhão de reais — e, portanto, revertendo um lucro de 22 milhões no ano anterior. Diante disso, o mercado não perdoou e a empresa tem queda de 15% hoje.
Conclusão
Lendo os balanços divulgados, nossa percepção é que há uma grande dificuldade de crescimento das empresas atreladas ao mercado interno, por causa de um aumento considerável das despesas financeiras de quem contrata financiamentos em reais. Enquanto isso, as exportadoras com dívida mais barata em dólar, com as commodities em alta, estão se destacando positivamente.
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