Taxa de juros: agora é com Galípolo
Lula assinou, nesta segunda-feira, 30, o termo de posse do novo presidente do Banco Central para o período de 2025 a 2028
Lula assinou, nesta segunda-feira, 30, o termo de posse de Gabriel Galípolo como novo presidente do Banco Central para o período de 2025 a 2028. A assinatura, que ocorreu no Palácio da Alvorada, contou com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Galípolo assume o cargo no dia 1º de janeiro.
Gabriel Galípolo, que assume o lugar de Roberto Campos Neto, foi indicado pelo presidente e passou por sabatina no Senado no dia 8 de outubro. O novo presidente do BC é paulistano, tem 42 anos e foi secretário executivo do Ministério da Fazenda no início da gestão de Fernando Haddad. Galípolo tem graduação e mestrado em economia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), já atuou como professor universitário (2006 a 2012) e foi presidente do Banco Fator (2017 a 2021).
Apesar de assumir o cargo nesta quarta-feira, as últimas reuniões do Copom já indicaram aumento na taxa de juros pelo menos até março do ano de 2025. Integrantes do governo afirmam que essa tática foi adotada para blindar o futuro presidente do Banco Central de críticas dos integrantes do Palácio do Planalto. Em 2024, uma das vozes mais estridentes contra o trabalho de Roberto Campos Neto foi Gleisi Hoffmann, presidente do PT.
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Os novos diretores do BC para além de Galípolo
Além de Galípolo, outros três diretores indicados para a instituição também tiveram seus nomes confirmados: Nilton José Schneider (para a Diretoria de Política Monetária), Izabela Moreira Correa (para Diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta) e Gilneu Astolfi Vivan (para a Diretoria de Regulação). O Senado havia aprovado os nomes dos novos diretores no dia último dia 10 de dezembro.
Nilton David, desde 2019, foi chefe de operações de Tesouraria do Banco Bradesco e gestor de equipes que realizam operações com diversos índices e ativos financeiros, em São Paulo, Nova York e na Europa. Graduado em engenharia de produção pela Universidade de São Paulo (USP) em 1994, trabalhou em instituições financeiras no Brasil e no exterior.
Izabela Correa é graduada em administração pública pela Fundação João Pinheiro (FJP) em 2003. Tem mestrado em ciência política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), doutorado em governo pela London School of Economics and Political Science e pesquisa de pós-doutorado pela escola de governo da Universidade de Oxford. No campo acadêmico, foi professora de gestão pública e políticas públicas no Insper.
Gilneu Vivan é economista e tem especialização em gestão financeira pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Em 2003, concluiu o mestrado em gestão econômica de negócios pela Universidade de Brasília. Até este ano, foi responsável pelo Departamento da Regulação do Sistema Financeiro Nacional.
Com informações da Agência Brasil
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