Superquinta do varejo brasileiro: descubra quem foi melhor
Ontem (quinta, 11), empresas do setor varejista divulgaram seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2022; vamos apresentar seus principais dados neste Relatório Especial. Confira abaixo qual foi melhor...
Ontem (quinta, 11), empresas do setor varejista divulgaram seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2022; vamos apresentar seus principais dados neste Relatório Especial. Confira abaixo qual foi melhor.
Magazine Luiza (MGLU3)
A Magazine Luiza apresentou resultado neutro. A empresa, que era conhecida pelo forte crescimento, teve receita de R$ 8,6 bilhões, queda de 5% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Puxada pela redução de lojas físicas, ela fechou o período com 1.429 lojas, 48 unidades a menos que no primeiro trimestre de 2022.
O fator positivo foi que a Magalu conseguiu gerar caixa de R$ 490 milhões no segundo trimestre de 2022, crescimento de 138% na comparação com o mesmo período do ano anterior, demonstrando uma mudança de posicionamento da companhia diante das taxas de juros mais elevadas. Com isso, a empresa priorizou mais a rentabilidade do que o crescimento do negócio, ainda que tenha tido um prejuízo de R$ 112 milhões ante um lucro de R$ 89 milhões no segundo trimestre de 2021.
Via (VIIA3)
A Via, dona da Casas Bahia e do Ponto Frio, também apresentou resultado no dia de ontem e, assim como Magalu, apresentou redução nas receitas, totalizando R$ 8,9 bilhões —queda de 4% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O lucro operacional foi de R$ 446 milhões no segundo trimestre de 2022, aumento de 185% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Já o lucro líquido foi de R$ 6 milhões, ante um lucro de R$ 132 milhões no segundo trimestre de 2021 —queda de 95% ano contra ano.
Grupo Mateus (GMAT3)
O Grupo Mateus, atacarejo com maior foco na região Nordeste, apresentou bons resultados. As receitas totalizaram R$ 5,8 bilhões, uma expansão de 39,3% —puxada pelo aumento de 25,3% no número total de lojas, que agora somam 222 unidades. Já a geração de caixa operacional foi de R$ 353 milhões, aumento na base anual de 38,5%. Por fim, o lucro subiu para R$ 264 milhões, crescimento de 38,6%.
Arezzo (ARZZ3)
A Arezzo mais uma vez reportou um resultado consistente, apresentando crescimento de receitas e de margens, refletindo a eficiência da capacidade de execução da estratégia da diretoria da empresa. A receita líquida da companhia foi de R$ 944 milhões, crescimento de 71% em relação ao mesmo trimestre de 2021. A evolução se deu tanto pelo aumento de preços quanto pelo número de sapatos, bolsas e roupas vendidas pela companhia.
Apesar do aumento das despesas com vendas, a geração de caixa operacional foi de R$ 162 milhões, valor 93% maior que o apresentado no mesmo período do ano anterior. Apresentando um caixa líquido de R$ 360 milhões, que influencia positivamente seu resultado financeiro, ela segue em uma posição confortável com seus recursos financeiros disponíveis.
Com isso, o lucro líquido da Arezzo foi de R$ 120 milhões no trimestre, registrando uma robusta evolução de 153%. Assim como já havíamos observado um forte resultado no primeiro trimestre, observamos o resultado da Arezzo como uma surpresa positiva.
Vivara (VIVA3)
A Vivara divulgou um bom resultado no dia de ontem, com a receita do trimestre em R$ 469 milhões, 30% a mais na comparação anual, puxada pelo crescimento de vendas em lojas já existentes. Além disso, a empresa também ampliou o número de lojas, com a inauguração de 40 estabelecimentos no último ano.
A geração de caixa operacional da companhia foi de R$ 101 milhões, crescimento de 10% na comparação com o segundo trimestre de 2022. Já o lucro líquido, de R$ 89 milhões, também cresceu 10% ano contra ano. Outro fator que ajuda bastante neste momento é que a empresa possui uma posição de caixa superior às suas dívidas, da ordem de R$ 44 milhões, o que ajuda bastante o seu resultado financeiro.
Temos uma visão de performance acima da média para Vivara, com um preço-alvo inicial de R$ 32 reais por ação, cerca de 33% acima do preço atual. Lembrando que esses relatórios diários são apenas um resumo das nossas análises —se você quiser saber nossos preços-alvo em mais empresas e quais são as melhores para investir neste momento de recuperação da Bolsa brasileira, clique aqui e conheça o Ações Alpha.
João Abdouni, analista CNPI na Inv Publicações.
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