Superávit da balança comercial é o pior para março desde 2021
O resultado ficou 30,3% abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado, com forte recuo das exportações no período
A balança comercial brasileira registrou superávit de 7,483 bilhões de dólares, de acordo com os números da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços). O número é o pior para o mês de março desde 2021, quando ficou em 6,470 bilhões de dólares.
Na comparação com março do ano passado quando o superávit revisado ficou em 10,738 bilhões de dólares, a queda ficou em 30,3%. Ainda segundo os dados divulgados nesta quarta-feira, 4, as exportações somaram 27,98 bilhões no mês passado, contra 32,81 bilhões de dólares em março de 2023 – um recuo de 15%.
De acordo com o MDIC, o resultado foi puxado pela queda de 20,8% na comparação mensal das exportações da Agropecuária, que somaram 7,14 bilhões de dólares e do recuo de 23,9% no mesmo período na Indústria Extrativa para 6,42 bilhões dólares vendidos para o exterior. As vendas externas da Indústria de Transformação também retrairam para 14,24 bilhões de dólares, ou 6,2% menor que fevereiro.
As importações também recuaram na comparação com o mesmo período do ano passado. Para março de 2024, o volume de produtos internalizados por brasileiros ficou em 20,497 bilhões de dólares, enquanto que no mesmo mês do ano anterior, o volume foi de 22,070 bilhões de dólares, uma queda de 7,13%.
No acumulado do ano, o Brasil exportou 19,078 bilhões a mais que importou. Esse resultado no trimestre é 22,2% maior que o registrado nos três primeiros meses de 2023.
Para o período, as exportações somaram 78,272 bilhões de dólares, crescimento de 3,2% na comparação com o primeiro trimestre de 2023. Enquanto as importações recuaram 1,8% na comparação para os três primeiros meses de cada ano para 59,194 bilhões de dólares.
A corrente de comércio, que soma exportações e importações, alcançou 137,466 bilhões de dólares e ficou praticamente estável na comparação anual entre os trimestres, com leve alta de 1%.
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