As decisões sobre as taxas básicas de juros nos Estados Unidos e no Brasil podem movimentar os mercados nesta quarta-feira, 31. O suspense está em torno dos comunicados dos bancos centrais sobre o futuros das políticas monetárias.

Nos Estados Unidos, embora membros do FED (Federal Reserve) tenham repetidamente sinalizado que os cortes no primeiro semestre podem não ocorrer, os investidores continuam a precificar a primeira redução nas taxas básicas ainda em maio.

No caso brasileiro, o mercado financeiro está de olho na manutenção da expressão “redução de mesma magnitude nas próximas reuniões” no comunicado da autoridade monetária. Há uma leve apreensão de que o Copom (Comitê de Política Monetária) possa indicar apenas mais uma redução em função da aceleração do IPCA por dois meses consecutivo.

A dúvida é reforçada com a trajetória do IPCA-15, que após duas altas consecutivas, voltou a desacelerar na leitura mais recente. Além disso, também há dúvidas se o Banco Central pode indicar algum risco à política monetária após o segundo maior déficit primário da história do país e do lançamento de pacote de incentivo à indústria ,que revive estímulos e subsídios que não funcionaram no passado.

No que diz respeito às decisões sobre as taxas, propriamente ditas, não são esperadas surpresas para os Fed Funds ou para a Selic, com a manutenção dos juros básico pelo FED em 5,5% ao ano e o corte de 0,5 ponto percentual pelo Banco Central para a Selic.

A agenda do dia inda traz a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), às 9h, que deve indicar leve aumento no nível de desemprego, dos atuais 7,5% para 7,6%. Nos Estados Unidos, o relatório de emprego da ADP deve mostrar desaceleração com a criação de 150 mil vagas no setor privado em janeiro, contra 164 mi postos em dezembro.

Antes da abertura dos mercados, Santander, Boeing e Mastercard divulgam balanços trimestrais.