Super Powell derruba dólar, juros e impulsiona bolsas
Presidente do FED garantiu que "chegou a hora de ajustar a política (monetária), mas o ritmo e o tamanho dos cortes vão depender dos dados"
Em uma fala de poucas palavras mas com recados claros, o presidente do FED (Federal Reserve), Jerome Powell, confirmou que o próximo movimento da política monetária será de relaxamento, com um corte na taxa básica americana. O presidente do banco central dos Estados Unidos deixou em aberto, no entanto, o tamanho da redução em setembro e das seguintes até o fim do ano.
“Chegou a hora de ajustar a política (monetária), a direção da viagem é clara e o ritmo e o tamanho dos cortes vão depender dos dados envolvendo o panorama e o balanço de riscos (…) com o afrouxamento da restrição monetária há boas razões para acreditar que a economia voltará para 2% de inflação enquanto mantém um mercado de trabalho robusto“, afirmou Powell durante o aguardado discurso no Simpósio Econômico de Jackson Hole.
Durante toda a fala do presidente do FED os mercados reagiram com ótimo humor. O dólar, que vinha em leve queda durante a manhã toda cotado a 5,55 reais, caiu para abaixo de 5,50 reais enquanto Powell ainda falava. O real brasileiro e o peso mexicano passaram a lideras as melhores performances entre as moedas emergentes, com apenas duas de um grupo de 23 perdendo terreno para a divisa americana.
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, que avançava cerca de 0,30% no início dos comentários de Powell, havia passado para uma alta de 0,90% meia hora depois. Dos 84 papéis que compõem o índice , apenas sete ainda estavam em território negativo – com destaque para as exportadoras, com receitas importantes em dólar.
Os juros futuros locais acompanharam o movimento dos títulos públicos americanos e aprofundaram as quedas nas taxas. Com redução nos juros em todos os vencimento. Nos prazos intermediários, a redução chegou a 20 pontos base. Apesar do otimismo com o exterior, a precificação do mercado ainda aponta um aumento na Selic para 10,75% ao ano na reunião do BC em setembro.
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