Servidores do Banco Central entram em greve
Os servidores reivindicam um bônus por produtividade e um reajuste salarial de 36%, está é a segunda greve deles em 2024
Os servidores do Banco Central iniciaram, nesta terça-feira, 20, uma paralisação de 48 horas reivindicando um bônus por produtividade e um reajuste salarial de 36%.
Essa será a segunda greve realizada este ano. Segundo sindicato da categoria, essa paralisação deve gerar atrasos na divulgação de boletins e outras informações, além do cancelamento de reuniões e agendas com o Sistema Financeiro Nacional. Projetos importantes, como o Drex, também podem sofrer atrasos ainda maiores.
O que o servidores reivindicam:
De acordo com o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), a oferta do governo de um reajuste de 13% é considerada insatisfatória pela categoria. Além disso, eles criticam a implementação parcelada desse reajuste nos anos de 2025 e 2026, afirmando que não contempla as principais demandas dos trabalhadores.
Segundo a CNN Brasil, o sindicato destaca que o governo também não atendeu às exigências consideradas essenciais para fortalecer a carreira dos servidores e o próprio órgão. Entre essas demandas estão a obrigatoriedade de nível superior para o cargo de Técnico, a mudança da nomenclatura do cargo de Analista para Auditor e a instituição de uma Retribuição por Produtividade Institucional.
Fábio Faiad, presidente do Sinal, disse que a greve tem potencial para causar um impacto significativo no funcionamento do Banco Central. No entanto, assim como na primeira paralisação, serviços essenciais como o Pix não serão afetados. Contudo, caso não haja acordo com o governo, medidas mais drásticas poderão ser tomadas.
Sindicato não descarta outra greve
O Sinal alerta que, caso a próxima reunião com o Ministério da Gestão e Inovação (MGI), agendada para o dia 21 de fevereiro, não resulte em avanços significativos, será indicada uma greve por tempo indeterminado.
O sindicato enfatiza que essas medidas visam evidenciar a urgência de um diálogo construtivo e ações concretas por parte do governo para resolver as pendências.
A decisão pela paralisação ocorre em meio a uma onda de renúncias a cargos comissionados no Banco Central, com mais de 500 servidores já entregando seus cargos.
Além disso, 60 Adjuntos e Consultores confirmaram sua participação no movimento, e os Chefes de Departamento emitiram uma carta cobrando a Diretoria Colegiada (DC) do Banco Central.
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