Semana termina com dólar em forte queda com Galípolo
Favorito para sucessão na Presidência do Banco Central, o indicado de Lula à autarquia reforçou compromisso com combate à inflação
A moeda americana recuou 3,83% nos últimos cinco dias para encerrar a sexta-feira, 9, em 5,51 reais. Além do alívio após o princípio de crise no início da semana com a queda vertiginosa nas bolsas de valores asiáticas, as falas do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçando o compromisso da autoridade monetária com a inflação levou a divisa americana a menor cotação desde 17 de julho.
Galípolo, que é indicado do presidente Lula ao Banco Central e visto como favorito para suceder o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, não economizou nos alertas durante evento na noite de quinta-feira, 9, e reforçou a posição de que a autoridade monetária pode subir os juros caso os dados econômicos indiquem pressão sobre a inflação.
Os comentários tiveram impacto relevante na curva futura de juros que viu os vencimentos mais curtos subirem até 40 pontos base na semana e os mais longos caírem por volta de 30 pontos base. A precificação de mercado para um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa básica de jurso, Selic, na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) passou a indicar uma probabilidade de 96%, contra menos de 50% uma semana atrás.
O Ibovespa, principal índice acionário do país, encerrou a semana em alta de 3,78%, aos 130,6 mil pontos. Essa foi a maior alta semanal para o indicador desde novembro do ano passado.
Pão de Açucar (17,23%), Minerva (+16,07%) e Bradesco (+15,42% PN; +15% ON) foram as principais altas do período, que teve 74 das 85 ações do indicador no positivo. Na ponta oposta, Vamos (-5,88%), Vale (-3,96%) e Yduqs (-3,91%) foram as quedas mais fortes do índice na semana.
Apesar da forte alta semanal, o Ibovespa ainda acumula queda de 2,66% no ano de 2024. Nos últimos 12 meses, o indicador sobe 10,31%, no entanto.
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