Semana termina com dólar em alta e bolsa em queda
Moeda americana encerra a semana acima dos 5,70 reais e acumula mais de 17% de avanço contra o real este ano
O dólar encerrou a sexta-feira, 2, acima dos 5,70 reais, após ter chegado ao maior nível desde março de 2021, aos 5,79 reais. Na semana, a moeda americana avançou quase 1% contra o real e marcou a terceira consecutiva de ganho contra a divisa brasileira. No ano, o dólar acumula mais de 17% de valorização em reais.
Durante a semana, as decisões de política monetária ao redor do mundo impactaram o câmbio. O BoJ (Banco do Japão) elevou as taxas na madrugada da quarta-feira, 31, o que apreciou o iene e pressionou o real, com o desmonte de operações lastreadas na moeda japonesa.
No mesmo dia à tarde, o presidente do FED (Federal Reserve), Jerome Powell, sugeriu que o relaxamento da política monetária americana pode começar em setembro, o que fez o dólar perder força.
Um pouco depois, no fim do dia, o Banco Central do Brasil manteve a Selic em 10,50% ao ano e sinalizou que não deve mexer na taxa nos próximos meses, o que ajudou a acalmar as apostas em um reajuste.
Os movimentos dos bancos centrais, combinados aos dados do Payroll mais fraco que o esperado nesta sexta-feira, 2, ajudaram reduzir a pressão nos juros futuros por aqui. Na semana, o recuo nas taxas chegou a ultrapassar os 50 pontos base em prazos específicos.
Apesar da melhora nas expectativas para o crédito, a bolsa brasileira acompanhou o mau humor americano com a perspectiva de uma desaceleração econômica mais contundente que a antecipada. O Ibovespa encerrou a semana em queda de 1,29%, aos 125,9 mil pontos. Esse foi o terceiro recuo semanal consecutivo para o índice, que acelera a temporada de balanços a partir da próxima segunda-feira, 5.
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