A Enauta e a 3R Petroleum convocaram nova AGE (Assembleia Geral Extraordinária) para avaliar a proposta de combinação dos negócios, após a primeira tentativa, realizada na tarde de segunda-feira, 17, não alcançar o número mínimo de acionistas para deliberação.

A nova AGE está marcada para as 14h da quarta-feira da semana que vem, 26, e tem a mesma pauta da reunião anterior. Na primeira tentativa, a Enauta contou com a presença de acionistas representando pouco mais de 30 milhões das ações com direito a voto, o equivalentes a 11,63% do capital social, excluídas retidas em tesouraria.

De acordo com o artigo 125 da Lei das S.A. são necessários, pelo menos, 25% do capital com direito a voto para a instalação da Assembleia.

A assembleia da 3R contou com a presença de acionistas titulares de cerca de 140 milhões de ações ordinárias, ou 58,14% do capital social total e com direito a voto da petroleira. Apesar de atender ao critério da Lei das S.A., a assembleia não foi instalada devido à ausência do quórum mínimo de 66% das ações com direito a voto, como previsto no estatuto da companhia.

A empresa também marcou nova tentativa para a mesma data e horário da Enauta.

Quais os termos da fusão entre 3R e Enauta?

As petroleiras anunciaram em maio o acordo definitivo para a fusão das duas companhias. A proposta prevê a incorporação da Enauta pela 3R Petroleum, que ficará com 53% da empresa resultante, como previsto no MOU (Memorando de Entendimentos) assinado em abril.

O processo engloba duas etapas distintas. Na primeira fase, a 3R Petroleum vai incorporar a Maha Holding, para a aquisição da totalidade da subsidiária 3R Offshore.

Na fase posterior, a 3R Petroleum incorpora as ações da Enauta, que passa a ser uma subsidiária integral da primeira. Aos acionistas da Enauta serão atribuídas 213.210.661 novas ações ordinárias de emissão da 3R, o equivalente a 47% do total, e 0,809225 ação da 3R por ação da Enauta.