Selic vai cair mais 1 p.p. até março de 2024, diz Campos Neto
A taxa básica de juros (Selic) deve cair mais um ponto percentual nas duas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em janeiro e março...
A taxa básica de juros (Selic) deve cair mais um ponto percentual nas duas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em janeiro e março.
A projeção é do presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto. A declaração foi dada nesta quinta-feira (21), durante entrevista coletiva para comentar o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro.
“As próximas duas reuniões são a forma de conduzir a política com o menos custo possível. Na última reunião, a interpretação, de forma unânime, foi a de que é a melhor forma de fazer”, comentou.
Campos Neto emendou.
“Hoje, com as variáveis que temos, o mais apropriado é o ritmo de corte de 50 pontos-base nas próximas duas reuniões. Em relação ao cenário fiscal, reconhecemos o esforço (do governo) e ele precisa melhorar. Tem um ‘gap’ entre o que o mercado entende que precisa o governo. Mas não existe uma relação mecânica entre fiscal e a queda de juros”, salientou.
Com mais dois cortes de 0,5 ponto percentual, a taxa de juros no Brasil deve chegar a 10,75% ao ano em março. Atualmente, a Selic está em 11,75% ao ano, depois de quatro quedas consecutivas.
A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 30 e 31 de janeiro de 2024.
Inflação
Campos Neto demonstrou preocupação com os possíveis efeitos negativos do aumento desenfreado do consumo e alertou para um cenário de “um consumo consistentemente subindo, com investimento consistentemente caindo”.
“Existe uma relação entre fiscal e expectativa de inflação. Mas nada é mecânico. A gente tenta ver os fatores que podem influenciar para dar um guia de como tomamos decisão. Se o fiscal for pior, o governo seguir fazendo reformas e o mercado entender que uma coisa não impacta tanto a outra, para a gente não é relevante. O fiscal é importante, mas não é mecânico”, explicou.
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