Seguro-desemprego nos EUA ajuda ativos brasileiros
Número de pedidos iniciais de auxílio acelerou e alimentou esperanças no mercado de que o FED pode se sensibilizar acelerar início dos cortes
O indicador de seguro-desemprego nos Estados Unidos superou as expectativas e impulsionou os mercados nesta sexta-feira, inclusive por aqui. No dia seguinte a uma reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) sem novidades, os investidores locais acompanharam a melhora do humor americano.
Como resultado, o dólar registrou queda significativa contra o real e fechou na mínima do dia, em 4,91 reais, uma queda de 0,86% na comparação com a cotação de fechamento do dia anterior. A moeda brasileira ficou com a melhor performance entre as emergentes na comparação com a divisa americana.
Os juros futuros também responderam à recuperação do apetite ao risco pelo investidores globais e recuaram. As taxas locais caíram ao longo de toda a curva, acompanhando a dinâmica do rendimento dos títulos públicos americanos.
O alívio na cautela provocada pela declaração do presidente do FED, Jerome Powell, na quarta-feira, 31, de que não pretende reduzir os juros em março, foi impulsionado pelo crescimento do número de novos pedidos de seguro desemprego nos Estados Unidos, que passaram de 215 mil em dezembro, para 224 mil em janeiro.
No Brasil, com a manutenção no ritmo de cortes do Banco Central, os investidores locais então se voltaram para os movimentos no exterior e promoveram quedas de até 7 pontos base nos juros mais longos.
O Ibovespa, principal índice acionário, também reagiu positivamente aos novos dados. O indicador abriu o mês de fevereiro com ganho de 0,57%, aos 128,5 mil pontos. As ações da Petrobras foram a maior contribuição para o avanço do índice, com um ganho de 2,77% (PN) e 1,90% (ON).
Além da petroleira, os papéis do Banco do Brasil (+2,29%) e Eletrobras (+1,94%) completaram as três principais influências positivas em pontos.
Na ponta oposta, as ações da Vale (-0,46%) ,Prio (-1,78%) e Rede D’Or (-1,44%) foram as contribuições mais significativas no lado negativo do índice.
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