“Se Bolsonaro é um risco, Lula seria uma tragédia certa”
O Brasil só vai conseguir se salvar do desastre deixado pelo PT na economia com a aposta nas reformas estruturantes, em uma política fiscal e macroeconômica estável e no enxugamento do Estado. "Está claro que não é hora de um Estado pesado e excessivamente intervencionista...
O Brasil só vai conseguir se salvar do desastre deixado pelo PT na economia com a aposta nas reformas estruturantes, em uma política fiscal e macroeconômica estável e no enxugamento do Estado.
“Está claro que não é hora de um Estado pesado e excessivamente intervencionista. É hora de limitar e organizar as despesas públicas e liberar as forças produtivas, além de repensar as empresas estatais”, disse a O Antagonista, em entrevista exclusiva, o economista Carlos Eduardo de Freitas, ex-diretor de de Liquidação e Desestatização do Banco Central.
A volta de Lula (ou da matriz econômica esquerdista), como sabemos, seria “uma tragédia certa”, apenas reforçou o professor.
Já Bolsonaro…
“Alguns posicionamentos dele, pelo menos até agora, indicam riscos sérios para a retomada da nossa economia. Algumas convicções que ele diz ter vão no sentido contrário do que precisamos para continuar avançando.”
Em recentes declarações, inclusive para este site, o presidenciável reconheceu que não é um profundo conhecedor de economia e afirmou que quem precisa entender do assunto será o seu ministro da Fazenda, caso seja eleito.
“Mas todo mundo sabe que não é bem assim”, ponderou Freitas. “Quando ele fala, por exemplo, em restringir negócios com países com a China, por exemplo, isso não existe. Só uma pessoa completamente desligada da realidade econômica mundial pensa assim.”
Na avaliação do ex-diretor do Banco Central, Bolsonaro continua se apresentando como um liberal — até porque tem quase a obrigação de fazer um contraponto à matriz econômica petista –, mas sinaliza estar disposto a ser um nacional-desenvolvimentista.
“Ele (Bolsonaro) não é um socialista, claro. Não tem viés socialista em nenhum sentido. Porém, aparenta aceitar um capitalismo que flerta com muita regulação e muita intervenção no mercado, algo parecido com o que fez o general Ernesto Geisel. E penso que este não seria o momento mais adequado para essa estratégia na nossa economia.”
Na conversa com O Antagonista, Freitas ainda afirmou que Bolsonaro “é um sintoma, não a causa de um problema” no cenário político brasileiro.
O economista insistiu que, apesar do “risco Bolsonaro”, tudo seria, no mínimo, “menos pior do que a tragédia certa que tem nome: Lula”.
Leia mais sobre esse assunto nos dois posts abaixo:
“Se Lula é um velho risco conhecido, Bolsonaro é um risco desconhecido”
“Esse Lula raivoso provocaria um grave colapso econômico e social”
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