Resposta de Israel ao Irã movimenta mercados
Possível retaliação israelense aumentou a tensão na região e as expectativas por uma resposta de grandes proporções
Notícias não confirmadas sobre série de explosões ao sul da capital iraniana, Teerã, deixaram investidores em alerta no fim da noite de quinta-feira, 18, e durante a madrugada desta sexta-feira, 19. Os ataques à cidade de Isfahan foram atribuídos a Israel, embora o governo israelense ainda não tenha assumido a autoria da ação.
A Autoridade Iraniana não acusou formalmente o país judaico, mas afirma ter abatido três drones militares na região. Até o momento, os Estados Unidos não se manifestaram sobre o incidente. A percepção é de que o ataque poderia ser um resposta de Israel ao bombardeio realizado pelo Irã no sábado, 12.
Logo após as primeiras informações sobre as explosões, o preço do barril de petróleo no mercado internacional chegou a subir 4% e voltou a ultrapassar a marca dos 90 dólares para o combustível do tipo Brent.
Agora, pela manhã, apesar da apreensão sobre os desdobramentos do conflito, o preço da commodity recuou e operava em queda de cerca de 0,65%, próximo a 87 dólares o barril do Brent.
Com agenda econômica fraca novamente, a evolução da tensão geopolítica deve dominar as atenções dos investidores.
No cenário corporativo, a reunião do Conselho de Administração da Petrobras domina a pauta do mercado acionário com a possibilidade de uma revisão da petroleira sobre a retenção dos dividendos extraordinários.
Além disso, uma proposta de fusão entre a Petz e a Cobasi também deve impactar a bolsa de valores. De acordo com fato relevante divulgado há pouco, as empresas assinaram um memorando de entendimento não vinculante para uma possível combinação de negócios. Ainda segundo o comunicado, a junção das empresas deve criar uma gigante do setor com faturamento próximo a 7 bilhões de reais.
No cenário político, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antecipou a volta ao Brasil para cuidar da tramitação da agenda do governo por mais receita que tramita no Congresso Nacional.
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