Questionamentos sobre autonomia do BC impactam projeções do mercado
Os questionamentos do presidente Lula sobre a autonomia do Banco Central e a meta da inflação já impactam as expectativas do mercado financeiro a longo prazo...
Os questionamentos do presidente Lula sobre a autonomia do Banco Central e a meta da inflação já impactam as expectativas do mercado financeiro a longo prazo.
Segundo a economista-chefe do Banco Inter, Rafaela Vitória, forçar a redução da Selic a curto prazo pode “custar uma taxa mais alta por muito mais tempo”.
“Os questionamentos sobre autonomia do BC e a meta de inflação já impactam as expectativas do mercado de longo prazo. Querer forçar uma redução de juros no curto prazo, pode custar uma taxa mais alta por muito mais tempo. Focus, que já teve Selic 2025 em 7%, agora está em 9%”, escreveu a economista no Twitter.
O documento divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (6) mostra que a previsão para a taxa básica de juros passou de 9,5% para 9,75% ao ano em 2024 e de 8,5% para 9% em 2025. Em fevereiro de 2022, o mercado projetava uma taxa Selic de 7% ao ano tanto em 2024 quanto em 2025.
Para 2026, a projeção passou de 8% para 8,5% em quatro semanas.
Na entrevista que concedeu à Rede TV na semana passada, Lula voltou a chamar a independência do Banco Central de “bobagem” e sugeriu que pode rediscutir o assinto após o encerramento do mandato de Roberto Campos Neto, em dezembro de 2024.
O presidente também disse que o Brasil precisa voltar a crescer e “não existe nenhuma razão para a taxa de juros estar em 13,75%”.
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