Queda nos empregos nos EUA esfria dólar e alivia real
Moeda americana chegou a bater 5,79 reais antes da divulgação dos números do mercado de trabalho nos Estados Unidos
Os negócios americanos criaram criaram 114 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês de julho. Os dados do relatório Payroll foram divulgados na manhã desta sexta-feira, 2, pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos.
O número ficou bem abaixo do consenso de mercado, que esperava a abertura de 175 mil postos no mês passado, de acordo com levantamento feito pela Bloomberg.
Em junho, a pesquisa foi revisada de 206 mil para 179 mil vagas criadas e confirmou os receios de uma desaceleração econômica mais forte do que os dados anteriores apontavam.
A preocupação com uma freada brusca com a economia americana fortaleceu as apostas de que o FED (Federal Reserve) deve iniciar o ciclo de cortes dos juros nos Estados Unidos na próxima reunião do Fomc (Comitê Federal do Mercado Aberto) em setembro.
Os investidores precificam como certa uma redução de 0,25 ponto percentual no mês que vem e têm aumentado as apostas de um corte ainda mais significativo, em 0,50 ponto percentual,
O aumento da taxa de desemprego também adicionou aos elementos que reforçam as posições de uma desaceleração mais forte que a antecipada e devem forçar a adoção de uma política monetária menos restritiva.
De acordo com os dados, o nível do desemprego ficou em 4,3% em junho, acima dos 4,1% do mês anterior e da estabilidade esperada pelo mercado financeiro. O número de desempregados ficou em 7,2 milhões, 352 mil acima da leitura anterior.
Com a queda dos juros nos EUA, o dólar inverteu a tendência de alta que apresentava desde o início do dia e poucos minutos depois do Payroll passou a cair contra o real. Às 9h30, a moeda americana chegou a alcançar 5,79 reais, na máxima do dia, e depois recuou até 5,71 reais pouco antes de 10h30, região onde tem se mantido na última hora.
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