Queda em auxílio-desemprego pode frear cortes de juros pelo FED
Força do mercado de trabalho dos EUA pode diminuir o ritmo no ciclo de redução das taxas de juros pelo Federal Reserve
O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caiu em 4 mil, totalizando 218 mil solicitações na semana encerrada em 21 de setembro, de acordo com o Departamento do Trabalho americano. O resultado veio abaixo da expectativa de analistas consultados pela Bloomberg, que projetavam 223 mil pedidos.
O dado da semana anterior foi revisado em alta, passando de 219 mil para 222 mil pedidos. Já a média móvel de quatro semanas, um indicador menos volátil, caiu para 224.750, uma redução de 3,5 mil em relação à semana anterior.
Revisões e tendências do mercado
Apesar da queda nos pedidos iniciais, a taxa de desemprego segurado — que mede a parcela da população que continua a receber benefícios — permaneceu inalterada em 1,2% na semana encerrada em 14 de setembro. O número total de desempregados segurados caiu 13 mil, para 1,834 milhão, demonstrando uma leve melhora nas condições do mercado de trabalho.
Impacto na política do FED
A queda nos pedidos de auxílio-desemprego pode influenciar diretamente a política monetária do FED (Federal Reserve). Com o mercado de trabalho mostrando sinais de resiliência, o FED pode adotar uma postura mais cautelosa quanto ao ciclo de redução das taxas de juros iniciado na semana anterior com um corte de 0,50 ponto percentual.
O banco central busca equilibrar o controle da inflação com o apoio ao crescimento econômico, e um mercado de trabalho forte sugere que não há necessidade imediata de cortes agressivos nos juros.
Após a divulgação do dados, os investidores reduziram a precificação das chances de mais um corte de 0,50 p.p. em novembro de 60% para 50%. O movimento acabou influenciando as taxas futuras brasileiras também, que passaram a subir mais forte com a influência externa.
Perspectivas
O receio do mercado financeiro e de que e a tendência atual possa levar o FED a diminuir a amplitude ou retardar qualquer movimento para reduzir as taxas de juros, focando na estabilidade econômica e no controle da inflação.
Menos demissões e uma taxa de desemprego estável indicam que o mercado de trabalho ainda é um pilar forte da economia americana, o que pode levar a uma política monetária mais conservadora nos próximos meses e um relaxamento monetário mais gradual que o antecipado.
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