Quase ninguém confia no pacote fiscal de Haddad, indica Quaest Quase ninguém confia no pacote fiscal de Haddad, indica Quaest
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Quase ninguém confia no pacote fiscal de Haddad, indica Quaest

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 11.12.2024 08:02 comentários
Economia

Quase ninguém confia no pacote fiscal de Haddad, indica Quaest

Apenas 38% dos brasileiros ficaram sabendo das promessas de corte de gastos do ministro da Fazenda, e 68% deles consideram que elas não serão suficientes

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Quase ninguém confia no pacote fiscal de Haddad, indica Quaest
Foto: Diogo Zacarias/MF

Apenas 38% dos brasileiros ficaram sabendo do pacote de corte de gastos apresentado em cadeia nacional de rádio e televisão pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (foto), em 27 de novembro, indica pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 11.

E a maioria daqueles que ficaram sabendo (68%) acha que as medidas apresentadas não serão suficientes para melhorar as contas do governo Lula. O número reforça impressão do mercado financeiro registrada pelo próprio instituto em 4 de dezembro.

Foram ouvidas 8.598 pessoas de 4 a 9 de dezembro. O nível de confiabilidade do levantamento é de 95% e a margem de erro é de 1 ponto percentual.

Promessa

Segundo a pesquisa divulgada nesta quarta, mais pessoas (43%) ficaram sabendo da promessa de isenção de imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais, que foi uma promessa de campanha de Lula e apareceu no meio do pacote de cortes numa tentativa do governo de amenizar sua impopularidade.

Essa isenção é aprovada por 75% da população, indica o levantamento da Quaest, o que explica por que o Palácio do Planalto tentou esconder o pacote de corte de gastos atrás dela, apesar de a promessa só valer para 2026.

Dólar

A mistura entre um pacote de cortes considerado insuficiente e uma promessa de isenção fiscal fora da hora levou o dólar a disparar há duas semanas, atingindo cinco recordes de fechamento.

Apesar de os governistas tentarem empurrar a culpa para o mercado financeiro, essa desvalorização do real deve prejudicar o Palácio do Planalto: 72% dos entrevistados dizem que a alta da moeda americana tem impacto em suas vidas e 84% disseram que isso vai fazer os preços de alimentos e combustíveis subirem.

Leia também: Quem mandou o dólar para a Lua?

Economia

A pesquisa da Quaest indica também um sentimento ruim em relação à economia, ao contrário do que indica o IBGE de Márcio Pochmann.

“Ao contrário do que mostram os números oficiais, 40% acham que a economia brasileira piorou no último ano, enquanto apenas 27% acreditam que ela melhorou”, disse Felipe Nunes, diretor da Quaest.

“Essa percepção de piora aparece de várias formas. Por exemplo, 68% dos brasileiros dizem que o poder de compra hoje é menor do que a um ano atrás. É o pior resultado da série”, seguiu Nunes em análise publicada em seu perfil no X.

Além disso, 78% acham que os preços dos alimentos subiram no último mês e 65% identificaram aumento nos preços das contas de água e luz; além isso, 59% sentiram aumento nos preços dos combustíveis.

“A percepção do desemprego foi a que mais aderiu a dos dados oficiais. Pela primeira vez na série histórica, cresceu a percepção de que está mais fácil conseguir um emprego hoje do que há um ano”, analisou Nunes.

Perspectiva

Os sentimentos em relação à economia variam de acordo com o eleitorado.

“Como explicar essa dissonância entre a realidade e a percepção? O primeiro fator é a polarização que se calcificou. Eleitores do Lula acreditam que a economia melhorou, eleitores do Bolsonaro defendem que a economia piorou. Esse cabo de guerra de opinião persiste”, disse o diretor da Quaest.

Além disso, 61% dos entrevistados acreditam que seu patamar financeiro está abaixo do esperado. “Ou seja, estão frustrados. É como se a renda, mesmo com o PIB crescendo e o emprego em baixa, não estivesse sendo suficiente”, seguiu Nunes.

Enfim, más notícias para o governo Lula, cuja aprovação mal oscilou em relação ao último levantamento da Quaest: 33% avaliam a gestão positivamente (eram 32% em outubro); 34% a consideram regular (eram 33%), e a reprovação seguem em 31%.

Leia mais: Mercado cai no real com Lula

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