Quarta-feira tem cenário externo e novos tributos no radar
Os investidores ainda estão de olho na movimentação da curva de juros futuros no exterior. Agora pela manhã, os títulos alemães com vencimento em 10 anos avançaram ao maior patamar desde 2011, aos 3% a.a...
Os investidores ainda estão de olho na movimentação da curva de juros futuros no exterior. Agora pela manhã, os títulos alemães com vencimento em 10 anos avançaram ao maior patamar desde 2011, aos 3% a.a.. Nos Estados Unidos, o rendimento dos papéis mais longos continuam a subir e chegaram a ultrapassar a marca dos 5% a.a., o maior nível desde 2007.
A pressão sobre as taxas no exterior afeta as perspectivas para os juros locais, e o mercado passou a precificar até mesmo uma possível redução no ritmo de queda da Selic no próximos encontros do Copom (Comitê de Política Monetária). Uma mudança radical de sentimento, dado que poucas semanas atrás a discussão era sobre uma possível aceleração nos cortes da taxa básica de juros.
Na agenda econômica, os números de criação de postos de trabalho medidos pelo ADP nos EUA, às 9h15, podem afetar as expectativas. O consenso de mercado aponta para algo em torno de 150 mil novas vagas, quantidades maiores que a esperada podem elevar ainda mais as perspectivas dos juros futuros e de contração para a política monetária.
Por aqui, a Câmara dos Deputados deve apreciar o PL (Projeto de Lei) das offshores. O relator da proposta, deputado Pedro Paulo, afirmou que a intenção é votar o texto no plenário ainda nesta quarta-feira.
Entre as mudanças apresentadas pelo relator, a proposta prevê uma taxação de 6% para a regularização de lucros acumulados de fundos offshores e exclusivos. Essa alíquota é menor do que a inicialmente proposta pelo governo, que era de 10%.
Além disso, o mercado deve repercutir a ausência no texto da extinção do JCP (Juros sobre Capital Próprio), como pretendia o governo. Após o relator apresentar dúvidas sobre o tratamento da questão, a matéria ficou para uma nova discussão entre o deputado Pedro Paulo e a equipe econômica.
Além disso, a Câmara dos Deputados aprovou ontem a noite, o projeto de lei que estabelece novas regras para garantias de empréstimos. O objetivo dessas mudanças é reduzir os riscos de inadimplência e diminuir o custo do crédito, uma prioridade do governo.
Uma das principais alterações trazidas pelo projeto é a permissão para que os consumidores utilizem o mesmo ativo, como imóveis, como garantia para vários empréstimos até que o valor total seja atingido. Essa medida visa a facilitar o acesso ao crédito e estimular o mercado. O projeto agora segue para sanção.
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