Produção industrial recua pelo segundo mês consecutivo
Expectativa de mercado era de avanço de 0,2%, mas dado do IBGE mostrou retração de 0,3% em fevereiro. Mês anterior registrou queda de 1,5%
A indústria produziu menos em fevereiro que no mês anterior, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No mês passado, os dados da PIM-PF (Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física) apontaram retração de 0,3% na comparação com janeiro, que havia recuado 1,5% (revisado de 1,6%) contra dezembro de 2023.
A expectativa dos economista consultados pela Bloomberg era de um número positivo de 0,2%. Com o resultado de fevereiro, a produção industrial registra o segundo mês consecutivo de contração, com perda acumulada de 1,8%. Na leitura contra fevereiro de 2023, o total da indústria cresceu 5%, mas também ficou bastante abaixo do consenso, que esperava por uma aceleração de 5,7% para o setor. Nos últimos 12 meses acumulados, a produção industrial avançou 1%.
A evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria, no entanto, também registrou variação negativa (-0,1%) no trimestre encerrado em fevereiro na comparação com o terminado no mês anterior. Por essa visão, o dado também interrompeu a trajetória de recuperação do setor iniciada em fevereiro do ano passado.
De acordo com o IBGE, apenas uma das grandes categorias econômicas registrou taxa negativa. Bens intermediários, categoria que se refere a produção de matéria-prima para indústria, recuou 1,2%. Os segmentos de bens de capital, bens de consumo duráveis e bens de consumo semiduráveis e não duráveis apresentaram avanço de 1,8%, 3,6% e 0,4%, respectivamente.
Entres os ramos de atividades, 10 dos 25 pesquisados mostraram queda na produção. As influências negativas mais importantes, de acordo com o IBGE foram assinaladas por produtos químicos (-3,5%), indústrias extrativas (-0,9%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,0%).
Segundo nota do instituto, “entre as 13 atividades que apontaram avanço na produção, veículos automotores, reboques e carrocerias (6,5%) e celulose, papel e produtos de papel (5,8%) exerceram os principais impactos em fevereiro de 2024“.
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