O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15) de julho ficou em 0,30%, após taxa de 0,39% registrada no mês anterior. O número surpreendeu economistas e analistas, que esperavam alta de 0,22% para o período. Apesar disso, a pressão sobre os preços medidas pelo indicador registrou o segundo mês consecutivo de queda, após alcançar 0,44% em maio.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica), a maior variação (1,12%) e o maior impacto (0,23 ponto percentual) vieram do grupo Transportes. Na sequência, vieram os grupos Habitação (0,49% e 0,07 p.p) e Saúde e cuidados pessoais (0,33% e 0,05 p.p).

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Na leitura anual, a variação do IPCA-15 ficou em 4,45%, contra 4,06% acumulados nos 12 meses terminados em junho. O consenso de mercado era de alta de 4,37% para o período.

Segundo o levantamento do Instituto, as passagens aéreas foram as grandes vilãs da inflação em julho. E, alta de 19,21% no período, contribuíram com 0,12 ponto percentual na alta. Além delas, o aumento na energia elétrica residencial também pesou no bolso do brasileiro no mês de acordo com o IBGE, contribuindo com 0,05 ponto percentual no resultado do índice após alta de 1,20% no período.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete pressionaram a prévia da inflação oficial no mês. Apenas os grupos de Alimentação e bebidas (-0,44%) e de Vestuário (-0,08%) apresentaram variação negativa, puxados pela queda na alimentação no domicílio (-0,70%) com o recuo nos preços médios da cenoura (-21,60%), do tomate (-17,94%), da cebola (-7,89%) e das frutas (-2,88%).

No recorte regional, apenas uma das 11 regiões pesquisadas para o levantamento apresentou deflação no período, Recife (-0,05%). A maior variação foi observada em Brasília (+0,61%), seguida de São Paulo (+0,39%) e Rio de Janeiro e Curitiba (ambas com inflação em 0,33% no mês).